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Poesias-->Inverso -- 27/07/2012 - 09:48 (flavio gimenez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os céus são meu tormento

Para qualquer lado que olhe:

O vento, o horror, o lume

O estertor de teus olhos

Não sonho, esqueço o que sou

E invento breve o meu labirinto

De Creta, sem o fio de Ariadne

Eu me perco em Via Láctea

Os sóis são o meu portento

Para qualquer lado que olhe

O meu grito, a minha fonte

Não tenho substância, enredo

(O fio se perde, ouço o louco

Mugido)

E, noturna, a Quimera já disse:

Devoro-te, Deus Inverso.
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