Classe média compra tubaína? Compra! Classe média assiste Bigh Brother ? Assiste!
É, esse tipo de constatação revela duas coisas. Uma que a classe média percebeu que as tubaínas têm quase e muitas vezes o mesmo sabor dos refrigerantes das multinacionais.
A segunda revelação, que se constata a cada ano eleitoral, é que a classe média, ainda que frequentando faculdades e tendo um padrão econômico um pouco melhor do que a grande massa de trabalhadores, também não gosta de pensar muito.
No caso dos refrigerantes não faz diferença nenhuma. Todos eles retardam o processo digestivo e ajudam a engordar. Quem duvidar que procure um médico para confirmar a informação.
Já no caso dos programas de espionagens combinadas , onde os participantes travam diálogos idiotas e ficam rebolando e se alisando para aumentar a audiência, está confirmada a crise de identidade de um setor social que sempre busca salvadores da pátria, mocinhas puras para governar o Brasil, e faz vistas grossas para não perceber que o país dos brothers está se transformando numa gigantesca favela, onde os que espiam passam fome, não acreditam mais no governo e nas instituições, salvo um pouco algumas igrejas e quase nenhum sindicato, e que preparam na surdina a grande invasão das redomas de vidro, em busca de uma justiça social negada pelo sistema capitalista e pelos administradores da massa econômica chamada Brasil.
Os assistentes de brother conseguem fuzis, não sabem ler e escrever, mas sabem atirar, coordenar planos, atraem policiais corruptos para suas fileiras, e não têm frescuras para decidir quem deve ser eliminado do planeta nos seus objetivos, que diga-se de passagem, são bem capitalistas. Os sequestradores, assaltantes, traficantes, etecetera, só querem ter um pouco de dinheiro para andar de avião, usar mulheres de aluguel, e acreditem ou não, fazer uma poupança para mais tarde colocar seus filhos em colégios de classe média para atingir o status necessário para a legalização de suas fortunas.
Os brothers do crime buscam os brothers capitalistas na mídia. Colecionam revistas do tipo Caras e adoram as páginas econômicas e sociais. Só que não têm frescuras. São curtos e grossos. E assistem os brothers com muito mais inteligência do que a classe média. |