Toda guerra moderna envolve dinheiro. Toda guerra envolve dinheiro. A frase seria atribuída a Oliver Reed, autor do livro Os Dez Dias Que Abalaram o Mundo.
Jornalista engajado, comunista, o norte-americano testemunhou a revolução bolchevique e percebeu os entraves monetários da própria revolução, as misérias decorrentes das batalhas e morticínios em massa.
Mas os senhores do dinheiro são sempre os senhores da guerra, definindo pontos de conflito, o crescimento de nações e o fim de algumas.
Ao longo dos anos os senhores vão colecionando riquezas e inimigos. É só ver o medo que os norte-americanos têm dos terroristas internacionais, que em nome de pátrias exploradas podem detonar bombas por todo o lado.
Mas quem poderia atacar os norte-americanos? Eles só fizeram guerra contra russos, alemães, franceses, ingleses, mexicanos, vietnamitas, líbios, italianos, espanhóis, árabes de modo geral, africanos, derrubaram todos os governantes que não eram interessantes na América do Sul, chineses, coreanos, tailandeses, e mais um monte de nações indígenas inumeráveis.
Isso torna difícil saber quem é que pode ter raiva dos norte-americanos. A lista é grande demais para procurar os possíveis bandidos.
Quantos milhares de pessoas já morreram em conflito com os norte-americanos? É difícil responder. A resposta passa por milhões.
Morreram na guerra de armas e na guerra econômica.
Então um louco ou um monte de loucos pode sentir raiva e atacar os Estados Unidos, em escala micro, que é mais fácil, para vingar uma das nações ofendidas.
Os senhores da guerra acabam se revelando frágeis, pois ninguém sabe de onde vai sair a vingança. Foi o que aconteceu nestes dias.
Na contabilidade dos terroristas milhares de americanos mortos e apavorados fazem uma espécie de compensação por todos os crimes de guerra cometidos pelos norte-americanos ao longo de sua história.
É a lógica do terror funcionando contra a lógica do Estado, que se agigantou e desprezou a capacidade de organização dos grupos revanchistas.
A guerra dá lucro, muito lucro aos vencedores. Quem viver verá.
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