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Poesias-->UM CHUTE NA BUNDA -- 02/09/2012 - 20:09 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM CHUTE NA BUNDA



Às vezes a gente pensa

Ser alguém que não é a gente

Quem tem melhor aparência

Mas nada tem a ver com a gente

Sem pensar nas consequências

Quem vem via de regra

Às vezes a gente se entrega

Nas mãos de quem não merece confiança.



Aí a coisa fica preta e sem esperança

A gente se confunde

E a cabeça quase se funde

Num emaranhar sem sentido

Não se encontra o fio da miada

Só o caminho

Cheio de pedras e espinhos

Onde caminha sozinho

O viandante vencido

Que não encontra parada.



Vencido pelo cansaço ele prossegue tão só

Tendo na garganta um nó

Que aos poucos vai enforcando

O caminhante perdido

E ele segue caminhando

A esmo passo a passo

Sem saber pra onde vai

Enquanto sua força se esvai

E ele escapa do laço.



Chega numa encruzilhada

Ali faz uma parada

Ante dois ou três caminhos

Que se bifurcam à frente

Mas faz uma escolha errada

Vai dar em qualquer lugar

Outro aconchego de espinhos

À luz da estrela dalva

Que no explendor da alva

Alumia os belos ninhos

Dos Bente-Vis e Pardais

No romper da madrugada

Enquanto ele grita os seus ais.



Tenta entender o que foi que houve

E mais confundido fica

E uma inspiração lhe vem

Na saga duma poesia

Com versos e nenhuma rima rica

Canta o poeta para um bem

Sua amada do outro amante

Que ao seu encontro vem

Empobrecida e bem rica.



Amar muito é errado

E amar de menos é pecado

Os cães e gatos se amam

Na sombra de um sobrado

Mas eu sobrei para aquela

Que amei apaixonado.



Num dia me deixou na esquina do adeus

Com o seu dedo em riste

Dizendo que me amava

Naquela despedida triste

Só porque odiava muito

Quem a amou por toda a vida

Sem se lembrar que ela existe

Nem mesmo na hora da despedida.



Disse-me adeus na triste partida

E cabisbaixo segui até

Não conseguir olhar para trás

Chorando eu fui em frente

Desesperado e sem paz

Até encontrar minha gente

Em qualquer lugar do mundo

Mesmo encurvado e corcundo

E com afinco e forte fé

Encontrei nos passos meu pé.



Fui eu sem saber o porquê

Amante duma vagabunda

Que deu um chute ou ponta pé

No meu traseiro

Na bunda.



BENEDITO GENEROSO DA COSTA

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