Mundo
Viajo
entre o desleixo da compaixão mal resolvida
de tantas vidas
e tantas vidas.
Não sei se odeio
ou tenho frio.
Deixar o mundo sem mais nem menos
entrar nas veias?
Entrar nas veias?
Mal resolvido.
Não sei se quero.
Pode-se não querer alguma insígnia, alguma sina?
O mundo velho
cheio de estima
invade a gente
em cada esquina.
Carrego um frio daquele inverno quando eu nascia
porque sabia que não curava-se a teimosia:
interrogar de mal jeito assusta quem te queria...
Carrego o fogo de quem é vivo e mastiga a vida
com um desejo de ser eterno por teimosia.
Porque existir é esta sorte toda que tive um dia.
E então de volta pergunto às veias se a dor é minha:
a dor da fome, de falta d´ água, de guerra fria.
Engulo a raiva, calada a veia calada fica.
Particulares sem o desleixo sem invasões
os que etiquetam que levam nome que danifica.
O mundo é outro como se o mundo de outros fosse.
Assim confusa partilho a vida e não há resposta.
Amigos? Tenho, talvez a única coisa minha.
Também perguntam e tem as veias. E a teimosia!
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