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Artigos-->Bombas, mortes, norte-americanos -- 19/01/2003 - 13:16 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quem descobriu a relatividade foi Platão, mas quem a codificou foi Einstein, que puxou de um conhecimento matemático avançado, experiências físico-químicas e uma espantada língua que gostava de aparecer em frente de máquinas fotográficas a expressão E=M.C2.

Depois os homens começaram a fazer experiências nucleares, e os primatas que antes dançavam sobre as terras do planeta, assustados de quando em quando com bombas transportadas por veículos alados passaram a conviver com a possibilidade da desintegração em massa.

As massas, que antes temiam canhões e facas, revólveres e espingardas, começaram a perder o sono pensando que um pequeno artefato seja capaz de desencadear uma reação em cadeia, mandando pelos ares tudo o que não interessa aos dominantes dos loucos estados modernos e nacionais, redutos sintetizados de capitalistas ambiciosos e de estadistas com sede de se imortalizar com a destruição coletiva.

Em agosto sempre penso como foi que os tripulantes do Enola Gay conseguiram transportar aquele artefato medonho que foi responsável pela morte de milhares de japoneses.

Que marca de uísque serve para aliviar uma consciência que manda para o ar os átomos de crianças, velhos, inocentes civis que passam seus dias sem querer nada mais do que o direito de viver?

Depois da grande hecatombe japonesa os norte-americanos e seus aliados do Pacífico montaram um tribunal de guerra para julgar os abusos individuais de soldados e oficiais nipônicos que executaram tarefas com excesso de energia ou tomaram gosto pela morte em pequenas seqüências.

Em agosto penso nas crianças japonesas desintegrando-se lentamente por um ato isolado e pequeno de um avião que voava solitário, planejando a morte para quem não tem chance de lutar pela vida.

Em agosto lembro de Hiroshima e Nagasaki, onde finalmente os descendentes dos anglo-saxãos puderam finalmente se igualar a Hitler, Átila e outros menos cotados.

Eisenhower, que nem deveria ser lembrado pelos americanos, conseguiu jogar a bomba no Japão para livrar do mundo do comunismo, diminuindo a possibilidade da Terra ser dividida entre o capitalismo de Estado e o privado.

Conseguiu? Nada; apenas causou a morte de milhares de pessoas, mostrou o quanto monstruoso pode ser o trabalho de um cientista, que em busca de provas para suas experiências e teorias é capaz de destruir a vida.

Mas é tudo relativo. Einstein, Hiroíto, Japão, Agosto, Nagasaki e Hiroshima.

Os algozes e as vítimas estão todos misturados pela natureza novamente, porque a vida é relativa.



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