Você ganhou ou perdeu nesta eleição? Eu ganhei. Ganhei por ter participado, pois havia motivação extra neste pleito, ao contrário de outros anos. Tínhamos a chance de renovar executivo federal, regional, e legislativos federais. Alguma coisa foi feita.
Votei em alguns que ganharam, outros que ajudaram a ganhar. Foi o caso do Raimundo Nonato, do PT. Conseguiu pouco mais de 300 votos, mas ajudou a legenda a fazer deputados estaduais e federais, uma senadora, um presidente.
Ah, me disse uma pessoa que pouco entende de política: você perdeu o voto! Negativo!
Participei de um processo que permitiu uma certa renovação, abaixo da esperada, mas que deve oferecer um pouco de alento aos eleitores, essa raça que vota na massa chamada povo.
E o Raimundo? Ganhou também, ajudando sua legenda, divulgando um trabalho de esperança em dias melhores e atuando como sempre atua na defesa da sociedade, como faz normalmente no Conselho Estadual de Saúde.
O processo eleitoral do Brasil não é com certeza o mais justo. Existem normas que permitem que cidadãos que compram votos continuem no páreo, que haja abuso econômico( o julgamento de um processo demora tanto que só tem resultado após cinco ou seis anos), que a mobilidade política seja lenta. Mas é o que temos.
Reconheçamos que as regras não são muito voltadas para a mudança de representantes. A elite é esperta.
O processo eleitoral brasileiro é curioso por permitir que indivíduos reconhecidamente suspeitos, muitas vezes até condenados, participem.
Um cidadão que deseje trabalhar no setor público tem que apresentar atestados de boa conduta. Para se candidatar não. Pode ter uma extensa ficha policial, se não estiver condenado ou foragido, não há problema.
Esta falta de princípios éticos atrapalha tudo. Quantos condenados foram eleitos este ano? Tinha Lalau?
É este o grande problema. Pode ser Lalau prá se candidatar ao executivo e ao legislativo. Deveriam ser criadas restrições. Para o bem social.
Assim os votos seriam todos válidos, pois os candidatos seriam o que há de melhor. Mas não é assim. Quem sabe no futuro alguém aperfeiçoe o processo. Também acredito na Coelhinha da Páscoa.
