Uma das coisas que não aconteceram durante o governo FHC e que todos esperavam que acontecesse foi a CPI da corrupção. Faltaram assinaturas para completar o documento que poderia desencadear um processo que poderia levar o homem a um impedimento.
Alegou o senhor FHC que uma cpi desta natureza apenas atrapalharia o processo democrático. Seria a primeira vez em que a democracia seria atrapalhada pela lisura na história política de qualquer país.
Mas Fernando 2 conseguiu se sair bem do enrosco. Se Eduardo Valverde tivesse sido condecorado em Brasília assinaria o pedido de cpi. Mas Sartori, tucano, forneceu a tranquilidade necessária ao governo para que FHC chegasse ao fim do mandato.
Afinal, do que FHC tinha medo realmente? De que descobrissem que todas as privatizações ocorridas em seu governo lesaram a pátria brasileira?
O que dizer do setor de adubos, onde os lucros das empresas saltaram desde a privatização, aumentando o custo dos alimentos? E o setor petroquímico, que facilitou a vida de tantos amigos dos governantes?
E os escândalos envolvendo a Vale do Rio Doce? Só perguntas jogadas ao vento sem respostas decentes?
Eu gostaria de ter visto as atrizes Beatriz Segall e Regina Duarte falando que estas histórias são o que mais digno tem o povo brasileiro. Dizer também que o número de sequestros aumentou muito no governo FHC.
Também gostaria que as atrizes falassem do PROER, o socorro do governo federal aos bancos privados, com grana que poderia ter sido usada na agricultura, saúde e educação.
Também gostaria que Regina Duarte falasse um pouco sobre os bancos Marka e FonteCindan. Mas elas não falaram. Falaram apenas o que lhes foi ensinado falar.
Pessoas infelizes que surgiram em frente aos televisores para garatujar como pássaros feridos, como o grande passarão sem futuro chamado José Serra.
E a verdade da revista Veja, cujo proprietário é de origem ítalo-norte-americana? Que verdades a imprensa têm ajudado a solidificar neste início de século?
Voltamos aos primórdios do jornalismo, quando o provincianismo norteava as redações, com as brigas políticas tomando conta de todos os jornalistas. Veja, Gugu, tanta gente tomando posições curiosas.
As faculdades de jornalismo vão ensinar o que aos novos profissionais? A verdade é sazonal leitores, podem acreditar.