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Artigos-->Verdade verdadeira -- 20/01/2003 - 12:35 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Um dia um pretensioso ser exprimiu tola frase: A imprensa é o quarto poder, capaz de modificar os outros três . Linda paródia da realidade. Heresia da comunicação de massas. Axioma dos ébrios.

Existem muitos poderes, mas o mais importante atualmente, e em quase toda a história da humanidade, é o poder econômico.

Logo abaixo do poder econômico, pela ordem que este quiser, se encontram o Legislativo, Executivo, Judiciário, e para bem servir ao capital, a imprensa.

Instrumento da divulgação de vontades dos outros, mais fortes, estruturados, e que autorizam o seu funcionamento.

Indivíduos poderosos com carteiras de jornalistas e colunas nos filhos de Guttemberg são importantes como os gerentes de banco.

Convivem com o poder, visualizam as grandes fortunas, acompanham os grandes e pequenos atos sociais, e assumem a aura de integrantes de cortes.

Servem, são remunerados, bajulados, reconhecidos e manipulados, mesmo quando querem exercer o falso direito de deidade embutido nos seus códigos secretos de ética.

Mas, como o poder é efêmero, como tantas vezes disse o sábio filósofo Sêneca, um dia o banco manda o gerente embora, o jornalista desagrada aos editores ou aos poderosos de um lugar qualquer, e seu poder, aço, se desintegra perante a amônia contida no xixi dos patrões.

O gerente que antes era doutor se tiver sorte consegue montar o barzinho.

O jornalista se tiver sorte convence o gerente dono do barzinho a vender cerveja fiada.

Os dois poderosos de outrora, descartados pela sociedade capitalista e maniqueísta, se encontram no mesmo barco, onde lembram os tempos em que eram saudados com efusivos abraços, cartões de Natal e aniversário.

A coluna ocupada por um novato qualquer, a mesa do economista por um computador cheio de informações mais completas. A ressaca da verdade. A verdadeira.

O poder é efêmero. O porre também. Às vezes. O por do sol e o nascer da lua se repetem.
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