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Artigos-->Algaravia -- 20/01/2003 - 12:36 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Para quem não conhece o termo, é de origem espanhola, significa algazarra, mas também pode ser encontrado a partir de palavras árabes.

Os mouros conquistaram a Europa, dominando a Península Ibérica e deixaram palavras, obras, cultura e código genético por lá, nos narizes compridos e na pele diferente dos conterrâneos de El Cid.

Mas a algaravia organizada é mais complexa, algo como se faz na tão distante universidade, tanto pública quanto privada.

Segundo confidenciou o nobre bacharel, a universidade quebra as pernas para manter a cabeça funcionando.

Bem, a tradução é que a universidade, e aí posso citar a Unir, Babel do ilustre, investe no treinamento de professores, funcionários, mas não organiza muitos eventos culturais, nem difunde a cultura brasiliana e amazônida, porque lhe falta tempo ou...

E aí as pernas da instituição quebram. As pernas, segundo o nobre bacharel, seriam o corpo discente, alunos órfãos do grande orfanato do saber, que os empilha em beliches e dormitórios coletivos, onde se quiserem podem dormitar, pois o Brasil já dorme em berço esplêndido, então...

A situação se repete em outros centros de ensino, mas não se pode generalizar.

Alguns mestres são mestres, outros são professores empregados, alguns alunos são alunos, outros são criadores de espaços.

As universidades públicas, reféns da economia neoliberal, não criam espaços e reduzem alguns, transformando centros de discussão em depósito de sucata, alojamento de animais peçonhentos.

Mas a algaravia é o melhor investimento que os universitários podem fazer numa pátria sem mãe e sem padrasto.

A universidade se esconde no seu umbigo intelectual, onde os intelectos debutantes também não percebem a conjuntura de seu espaço.

A universidade dorme, mas cabe aos bacharéis gritarem para que ela não se transforme num dormitório. A algaravia deve ribombar pelas ruas da cidade.
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