Se a cólica renal não é a dor maior
Com certeza a maior é aquela que dói
Ultraja extingue e mata o amor
Qual será a dor que tanto se avantaja
Senão a dúvida cruel de uma traição
Vem o pranto, espezinha com pata gigante
Bate forte feito rinoceronte que deseja
Apagar o fogo, a mecha que ainda fumega
Morre queimado de amor e paixão o cisne
Tisne, transforma-se em fumaça acinzentada
A labareda antes acessa agora apagada
O amor se desfaz
Com efeito, essa dor guardada no peito
É a dúvida da traição que não morre e faz morrer
“Ser ou não ser, eis a questão”
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