“A literatura instrui porque tem o poder de fazer com que a imagem seja criada na cabeça sem passar pelos olhos, e os sentimentos serem criados no coração sem uma experiência própria. A imagem quase sempre empobrece porque vem tudo mastigado. Não existe nada de pornográfico num texto. Mas imagens desse tipo é muito pobre, baixo, deprimente, porque toma o tempo de quem deveria estar aprendendo e desenvolvendo a mente com a leitura. A Usina de Letra foi uma das minha esperanças de que pelo menos um pouco das pessoas pudessem ter onde exercitar a mente e não a falta de caráter moral...” ( P.P – S. Paulo)
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Olá,
“Creio que cada coisa devia ter o seu lugar. Não há dúvida que essas imagens tem seus adeptos, mas vejo que aqui não é o lugar delas...” (M.F. Jundiaí)
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“Não tenho nada contra a pornografia, desde que não seja colocada diante dos meus olhos como erotismo sensual. Há sim uma divisão entre as duas coisas e eu entendo por erótico a sensualidade criada pelas idéias inteligentes à partir das palavras.” (P.P.R. Campinas)
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“Olha, eu gosto de ver. Mas tenho vergonha de que as pessoas por perto vejam. Tento passar outra imagem da Usina.” (Anônimo)
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“Bundas, masturbação, falta de senso, de vergonha, esculhambação.” (Anônimo)
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“Faça o seguinte, vc escreva seus textinhos, e deixa o cara. Vai ver que vc tb gosta e fica dando uma de moralista...” (Anônimo)
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“Vc sabe se ele tirou aquele da menina enfiando um cabo de escova na vagina? Qual é aquele?” (M.S.M, S. Paulo)
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“Uma polêmica boba...” (H.S. Maceió)
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“Bem, eu acho que o moço tem que fazer isso mesmo. Ele não sabe escrever e encontrou esse jeito de fazer sucesso, então deixe ele com seu tempinho de fama... É inofensivo para quem não vê e não se importa...” (Fábio, Sobradinho)
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“Uma vergonha. Uma afronta na Usina. Fico revoltada mesmo...” (G.B. Uberaba)
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“Você devia estar tratando de assunto mais sério...” (Miriam, Japão)
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[Alguns dos meus leitores têm tentado tirar de mim alguma palavra sobre as novas práticas de imagens na Usina. Não tenho dado opinião e nem quero, porque sem dúvida a minha área é a palavra... Como tenho quase trezentas pessoas cadastradas na minha lista de distribuição resolvi fazer uma enquête e perguntei a mais ou menos cem desses leitores (escolhidos aleatoriamente) o que achavam do assunto. Coloco aqui algumas das respostas. Alguns e-mails são longos e tomei a liberdade de copiar partes mais pertinentes. Omito nomes e endereços por motivos óbvios.]