Coitado de mim!
Que nesta vida
Caminho só,
Caminho triste
A carregar amargo pesar
E desditoso pranto.
Carrego no peito
Um concerto de lamentos e ais.
As expectativas e esperanças
São murchas flores
Já descoradas pelo tempo.
Coitado de mim!
A vagar sem rumo,
Sem destino;
A navegar num mar
No qual não existe porto,
No qual despejo minhas lágrimas
Que rolam do meu rosto
Mas brotam no coração.
Ventura, quero,
Não a tenho.
E minha triste alma
Se estraçalha
E perde-se na escuridão da vida.
Coitado de mim!
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