Ainda jovem, no romper da vida
Sonhos e quimeras os tinha em profusão:
Acumular riqueza, fantásticas viagens,
Conhecer outras terras, outras gentes,
Assimilar culturas, conhecimentos novos.
Ao passar do tempo, sonhei ainda
Que com a minha fabulosa fortuna
Construiria maravilhoso castelo,
Onde morar com os amores
Sonhados em suaves noites de silêncio.
O Tempo, este senhor absoluto
Do destino e da vida do humano ser,
A passar continuou indômito
E com ele meus sonhos passaram também.
Hoje, ao viver a vida que me resta,
Restou apenas modesta quimera,
Simples e suave sonho de saúde e paz.
|