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Poesias-->Nos Tempos do Salazar -- 21/03/2013 - 11:59 (Lita Moniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


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                       Nos tempos  do Salazar



         Nos tempos do Salazar os que nasceram



         pobres por azar,  não passavam de um



         estômago, uma boca a mais para sustentar.



 



        A única saída era o mar.



        No país de acolhimento, braços para trabalhar.



        Transeuntes perdidos.



 



         Fantasmas errantes  a sonhar com o castelo.



         -  Era belo e eu não o via. A pobreza era o véu



         que me impedia de ver o céu.



 



        - Pela primeira vez te vejo com olhos de ver e de crer.



        - Vejo o sol a te abraçar, nuvens fantasmas atravessam



           as paredes, brincam de subir e descer escadas.



 



          No meio da brincadeira viram bruxas aladas.



           Encarnam o mito da esfinge que te mandava ir em frente



           sem olhar para trás.



 



          Desobedeceste, deste de voltar, não reclames se alguma



           Bruxa alada te der uma vassourada e em estátua de sal



           te transformar.



 



           A pobreza de Portugal já não padece deste mal.



           Não é mais um estômago, nem braços para trabalhar.



           Aprendeu a duras penas que estudar vale a pena.



 



           Se precisar imigrar, nem de país de acolhimento isto se



           deve chamar. É a globalização a pedir mestrado, doutorado.



           Já não importa o lugar, o mundo inteiro precisa de cérebros para pensar.



 



                                                                           Lita Moniz



        



           



 



           



       



      


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