Funeral das Horas
Luz morta, claridade opaca, tarde fria.
Tumba de luz em retiro da natureza,
Saudade, absorção !
Vento inconstante e fugidío,
Em despedida final de abandono...
O coração pesa agora sua tristeza,
Na penumbra cinzenta, a natureza,
Na nostalgia quimeras sem dono !
... E a luz cambaleia silente e triste
pelas plagas distantes...
Sem ocaso, sem crepúsculo,
Mortalha pálida de melancolia...
Ritual fúnebre das horas !
|