Dou de mim ao tempo
Para que a vida seja
Consumida sem reservas.
Deixo a poesia penetrar
O corpo por inteiro,
Pichar suas paredes
Com as emoções viciadas
Pela nudez dos fatos.
Sou o que pareço ser,...
Cidadão do medo,
Honesto bandido do sistema,
Criado no palco
Das aventuras humanas.
A cidade mora em mim,
Suas ruas e becos
São membros do nosso
Corpo urbano,
Filho de um plano solitário
De viver entre jardins
E favelas.
Cidadão do Medo
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