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Cartas-->A quem interessar possa... -- 02/01/2004 - 08:02 (Osmar Malheiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu vou te falar de algo que todos sentem e falam mas deixa eu falar sob minha ótica para que a paz de ter dito o que penso possa ficar um pouco aqui comigo. Vou falar do óbvio, do viço das coisas quando as mesmas são novidades..
Quando tudo é novo, o entusiasmo das coisas nos alegra, ficamos confiantes e felizes, acreditando que essas coisas que brilham nunca terão fim. Nunca se acabarão. E no meio das paixões nos pegamos envolvidos. Não queriamos nos envolver, mas nos envolvemos. Passamos a querer o outro com todas as suas luzes para nós, para que a nossa própria vida que parece ser tão escura tenha um pouco de luz. Com uma força infinita nos armamos de todos os bons sentimentos: amor, carinho, amizade, atenção, boa vontade, verdade...
Mergulhamos no oceano escuro com a certeza de conseguir o prêmio maior, o amor que está do outro lado, mas nesse momento de busca intensa ocorre o erro. Amar demais!
Amar demais, é amar errado. Quem ama demais, perde demais, erra demais, incomoda demais. E já tão perdido por amar demais, não consegue mais entender as sutilezas do não e do sim. Fica preso nas próprias certezas de que o começo é o começo sempre, mas o tempo passa, o viço acaba e o que resta?
Para quem ama errado, dizendo amar demais, resta uma tentativa desesperada de não perder, já sabendo da perda. Uma agonia sem fim se formando no peito.E nós só queriamos ser amados na mesma frequência, no mesmo peso...
O outro lado, sem entender, fica acuado, sente-se cobrado e com um desejo enorme de que nada disso estivesse acontecendo. O outro lado também sofre por não conseguir dar a nós, pessoas que amam errado ( pois amam demais ), aquilo o que desejamos e começa aí o inicio do fim...
As palavras e gesticulações que tanto agradavam e deixavam feliz no começo, hoje não são mais suportadas. Qualquer palavra de afeto ou até mesmo amizade, soa como um açoite nas costas de quem amamos. Simplesmente perdemos o viço. O brilho natural do começo. E quando sentimos que o outro vai procurar em outros horizontes o que antes enchergava em nós, aí sim nossa alma nos abandona e passamos a vagar no escuro não por opção, mas por falta da luz que antes tinhamos. E agora, falando em primeira pessoa, posso dizer de mim. Tantas vezes eu caí e tantas vezes me levantei que conheço bem esse tipo de dor. Eu sei que a dor passa, sei que as pessoas passam, mas não queria que fosse assim, não queria que nada passasse, queria mesmo era que desse certo. Que o amor demais, se transformasse no amor suficiente, no amor necessário. Não na loucura desenfreada que as vezes me acomete. Para quem amo, digo apenas que o viço do que sinto perdura todos os dias. E que para os novos amores que você venha encontrar no caminho, que faça livre comparação de quem quer amadurecer contigo e quem apenas quer você, pois amadurecer leva tempo e é para uma vida inteira, o querer por sua vez, se perde na fogueira das vaidades que é tão inconstante. É como vontade que dá e passa. Amar é como respirar, é necessário. Para os novos amores, lembra-te que o novo brilha, é mágico e tem sua perfeição por ser novo...mas o tempo passa e o novo fica comum. Me arrependo de amar errado. Amar errado sufoca, mata o outro lado e enquanto não aprendo a amar direito vou amando, desse meu jeito meio torto, mas com a séria proposta de amar certo. De amar apenas o suficiente. Não me pergunte qual é essa medida do amor suficiente, pois se eu soubesse eu já a teria usado com você. Mas amar demais ou amar errado, não é assim de um todo ruim, afinal, todo tipo de amor joga sementes no coração do outro, se a semente é boa, se a terra é boa, se o tempo ajudar, a semente germina. Se um desses três pontos falhar, ela não vai germinar. Deixo aqui então nessa carta, ainda que virtual, mas uma carta, os fatos de minha ignorância. Espero que a idade e não mais a experiência, pois essa eu tenho de sobra, me conceda um pouco mais de dicernimento para que eu aprenda a amar direito. Para que eu aprenda a amar o suficiente.
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