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Cronicas-->A fé inabalável e a arte do envernizamento de "Nhó Chico" -- 16/12/2000 - 13:24 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Introdução
O homenageado desta edição é um simpático senhor conhecido por seus inúmeros amigos por "Nho Chico". Pouca gente sabe que seu nome é Benedito Pereira de Cássia que nasceu no dia 2 de março de 1923. Os pais dele, Carlos Pereira e Olímpia de Cássia, eram moradores do bairro da Rua Nova em Santa Rita do Sapucaí. Lá ele viveu até os 25 anos de idade, quando se casa com a senhorita Adalgisa Ribeiro Pereira.
Desde cedo o jovem `Nhó´ Chico, trabalha no comércio local para ajudar os pais. Seu primeiro emprego é como entregador de móveis da Casa Prado, de propriedade de Oscar Leite Prado. Essa antiga loja de Santa Rita se situava na Rua da Ponte. Nesta loja ele trabalhou desde os 16 anos de idade e por lá ficou até os 24 anos.
Após a saída deste emprego, ele passa a seguir o ofício de envernizador de móveis, profissão que pratica até hoje. Porém, as oportunidades de empregos, já naquela época eram difíceis e ele se vê obrigado a mudar para São Paulo quando aqui não lhe oferecia serviço. Em Sampa, trabalhava como servente na construção civil.

Casamento
"Nhó" Chico se casou, como foi dito antes, com Adalgisa Ribeiro Pereira no ano de 1948. Ela também morava na Rua Nova com os pais. Eles se conheciam. Mas foi somente na juventude que a paixão uniu o casal. Juntos tiveram dois filhos que faleceram muito crianças.
A paixão entre os dois foi fulminante. Nem mesmo a morte dos dois filhos logo no início do casamento fez a paixão entre eles se acabar. O filho morreu aos seis meses de vida e a menina aos 4 anos de idade. O casal também morou em São Bernardo do Campo, onde ele também trabalhou na construção civil.
Acredito eu que o casamento deles tenha conseguido superar as fortes dores da perda dos filhos com a fé. Esse simpático casal que reside na rua Samuel Bruce, no tranquilo bairro de Fátima, encontrou na fé e na religião Tabernáculo da Fé a segurança que lhes faltava quando perderam os filhos. Evangélicos, se demonstram dispostos a tudo para provarem a Deus que foram fortes o bastante neste mundo que um dia o cantor Alceu Valença anunciou que seria um mundo do cão.

Mudança
Na década de 50 o casal se muda de Santa Rita do Sapucaí para São Paulo. Quando ele consegue bons serviços na sua cidade natal para envernizar os móveis, eles ficam. Mas quando não conseguem, ele carregava a mulher e se rumavam para a capital paulista, onde pegava no batente da construção civil.
O final dessa vida entre Sampa e Santa Rita se dá no início da década de 60, quando ele consegue adquirir uma certa freguesia na sua oficina onde envernizava os móveis. Hoje, aos 78 anos, ainda enverniza alguns móveis, mas como ele mesmo diz: "Para não ficar parado".

Curiosidades
Sua letra de música preferida é a Cinco Letras Que Choram, de Francisco Alves. Mas Orlando Silva também está presente em sua pequena discoteca. A pessoa que mais admira é a sua companheira que há 52 anos caminha junto com ele. Seu prato predileto é a polenta e o torresmo com tutu de feijão. O doce é o de abóbora.
A sua filosofia de vida se resume na seguinte frase: "Temos que sofrer para sermos felizes". Sua frase predileta é: "Deus te abençoe". Graças a religião não bebe e nem fuma. O fato histórico que mais se lembra é quando pediu a companheira Adalgisa em casamento. E o dia mais triste é a morte da mãe e dos filhos. Sua felicidade estar em poder ajudar ao próximo e pelas suas mãos já passaram mais de 3 mil móveis como ele mesmo atesta.

Texto publicado no jornal Minas do Sul em 25 de outubro de 2000
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