Debruçado na janela do meu quarto
Fico por horas a olhar
Aquele pé de hibisco
De flores cor-de-rosa e vermelhas
Que tu, minha mãe,
Plantaste enquanto eras viva.
Aquele pé de hibisco
É também um teu filho
E, portanto, meu irmão,
Pois o plantaste
Com tuas suaves mãos,
Cuidaste dele para que vicejasse
E carregasse de flores cor-de-rosa e vermelhas.
Hoje ninguém dele cuida
Como era cuidado por ti,
Mas ele resiste firme e forte
Produzindo aquelas flores
De cores cor-de-rosa e vermelhas,
Para alegria de minh’alma
E para fazer que a cada dia
Eu me lembre de ti.
Ao lembrar de ti a cada dia
Viceja um nó na garganta
E os olhos vertem lágrimas saudosas
Deste teu filho que tanto amavas.
E o teu outro filho, também,
Ao lembrar de ti, chora
E derrama lágrimas de flores
Cor-de-rosa e vermelhas.
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