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Contos-->tig 1 -- 15/04/2011 - 10:27 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
































































































































































































































































A BUSCA































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Final dos anos oitenta, década de 90































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Em parte influenciado pela literatura de Fernando Pessoa, comecei cedo meus estudos da verdade pelos rosacruzes, am 1988. Uma década após, tinha galgado os mais altos graus e num desses ritos de passagem de um grau para outro, conheci Dora, uma morena alta que pertencia a outro Templo da Ordem, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Estavamos na cantina, trocando umas idéias. Dela emanava uma força quase "visível", o que é uma das prerrogativas dos esotéricos que verdadeiramente trabalham seu interior. Ela trazia uma cruz egipcia, a Ansata, ao pescoço. Os cabelos pendiam preenchendo os ombros e parte do pescoço, enquanto ela comia um lanche elegantemente. Estavámos felizes pela beleza do ritual que vivenciarámos. Ela disse-me: -- O ser humano não é feliz porque é mesquinho. Aprenda isso, Frater.































































































































































































































































Hoje ainda ,quase cotidianamente, dou de frente com a verdade dita por Dora naquela noite iluminada em quase todas es esquinas que passo, aqui e além.































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































2005































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Uma intensa melancolia levava-me ao abrigo dos franciscanos, uma dor que eu sabia única. Toda formação de minha alma, na parte mais profunda, era Bíblica. A leitura do Novo Testamento na juventude pusera Jesus como ponto central da minha vida. Com Jesus, aprendi a exercitar a solidariedade, a viver pensando também na vida futura, além de não fazer questão também de coisas menores. A literatura também estragara-me. Um homem com alguma nobreza e pagando um preço caro por dar-se ao luxo de cultivar-se vivendo entre incautos, gente bárbara que detesta cultos e cultura. A frase de Nieztsche em Zaratustra levava-me ao mosteiro: “ Tivesse Cristo vivido mais alguns anos, teria mudado sua doutrina”. Essa era a verdade que sentia agora e doer-me a alma. Eu não concordava com o Deus que Cria. Tinha trinta e cinco anos e um desprezo silencioso pela humanidade. Nos últimos dois anos então, a despeito de minhas boas intenções e qualidades, não achava nada. Nem amores, nem amigos, nem trabalhos. Não na proporção que tornasse-me menos triste. Ainda por cima tinha a pobreza como uma carga, o que tornava- me mais vulnerável e nu as gentes. Já tinha sofrido todo tipo de maldade de meus próprios parentes. Lembrava o olhar de desprezo de uma tia . Que tinha feito? E a ríspidez humana? Qual era a finalidade? E a falta de interesse e amor ao criador? A covardia? Olhava as pessoas jogadas no chão e perguntava-me: quem é o















responsável? Odiava a brutalidade. Tremia a cada ato de covardia. Da mais















grosseira a mais sutil, sobre tudo a deselegância, incomodava-me. È feia a raça















humana, concluía. Eu chegava a sentir laivos de desprezo por Deus, por criar tal















massa de famintos e atormentadores. Era um Deus mesmo que criava tudo?















Com esses pensamentos íntimos, bati a grande porta do mosteiro. Um jovem















Franciscano veio atender-me.































´´ Pois não, Senhor”—Tinha ele  uns dezesseis anos.















“Procuro o Igor, o líder de Vocês.”















“Ah, sim. Pode entrar. Aproveita que estamos comemorando o aniversário de















um dos internos: Tomé.”















Quando entrei, vi os franciscanos completamente misturados aos pobres,















mendigos, aleijados. Fiquei  impressionado com o número de mutilados que vi:















uns vinte. Todos homens. Um deles, arrastando a cadeira, veio perguntar-me se















queria uma fatia de bolo. Aquilo comoveu-me um pouco. Ao mesmo tempo,















fiquei chocado com tanta pobreza. Os banheiros eram coletivos e abertos. Fui















vendo com Igor outros internos. Havia em quase todos  uma ferida, uma chaga















aberta. Muitos fumavam. Pensei o que estaria aprendendo ali, naquele lugar.















“Igor, se importa de conversar comigo um pouco?”































“Não, claro”.















“ Bem. Ouvi falar do trabalho de vocês , achei bonito, nobre, mas ando com um















questionamento profundo, uma angústia grande em relação a minha fé. “















“Como assim?” – Perguntou-me ele, olhando-me com profundidade nos olhos.















“ Creio em Jesus. Mas não creio que os homens devam ser salvos. Os homens















são ruins. Não acho boa coisa salvar a humanidade. Acho inútil. ”















Igor olhou-me novamente, dessa vez  de modo estranho...















“ Você não tem amor?” – Perguntou-me.















“Tenho. Esse é o problema. Não me falta amor. E aqui estou, cheio de amor e















sem nada, nem ninguém. Não aproveitaram meu amor. “















“Como dizia Francisco: o amor não é amado.”—Igo sentenciou.















“Por que Você faz esse trabalho, Igor?”















“Vocação, acho” – Respondeu-me um tanto indiferente.















“Pois é. Teve um tempo que até pensei em ser padre, depois monge. Mas o















mundo desviou-me. Hoje creio ainda na mensagem, que Jesus é o Messias, mas















não creio na salvação dos homens. Eu não os salvaria. Igor, posso te pedir uma















coisa? “















“Sim”.















“Posso dormir hoje aqui?”















Igor olhou em volta, pensou.















“ Você não tem onde dormir?”















“Tenho. Mas não estou bem. Quero sentir essa experiência. “ Pensei na hesitação















de Igor que até um mosteiro tem sua porção de má-vontade. Será que ele vai















mandar-me embora agora, alta noite?”















“Lá em cima tem um saco de dormir sobrando. Boa noite.” --- Disse-me-lo,















aliviando-me meu  temor de sua recusa.















Dirigi-me à parte superior do mosteiro, enquanto vi aos poucos as luzes de















baixo, - onde ficava a maioria dos pobres e mutilados -, se apagando. Ali estava















eu, sem nada. Pedindo asilo aos pobres. Pensei abandonado entre as cobertas se















Deus não seria ou não queria apenas aquele abandono, aquela pureza, aquela















entrega ao nada infinito.















Na manhã seguinte, olhei do parapeito do segundo andar e vi os monges















vestidos de Francisco misturados com os pobres, compondo um cenário digno















de idade média. Perguntei-me em que tempo  sentia-me. Ou estava. Dirigi-me ao















refeitório, onde os cinco jovens monjes de não mais de dezoito anos distribuíam-















se nas tarefas. Igor já havia saído.















Eu não era santo nem pobre o suficiente para ficar. Levei dois monges ao















ponto, paguei a passagem de um deles e vinha olhando o mundo dos homens















pela janela. “Que tipo de soldado sem causa sou?” – ia pensando, enquanto as















paisagens sucediam-se entre prédios de concreto e fumaça negra.













 



















 















 

















 































 































 















 

















 































OS SINAIS Julho de 2006, um homem, uma mulher, um destino















 















 







 









Inicialmente, Eu e Sara saíamos como amigos íntimos e falávamos todos os dias, ela me ligando até três vezes ao dia. Nos conhecemos através de uma rede social no qual eu usava um codinome de Anjo e não havia minha foto, apenas a do Anjo Roxo que “dizia se alimentar de prana”. Ela estava na comunidade “Vivendo de Luz” e era, aparentemente, uma menina grande e desengonçada, com um sorriso simpático e passou-me um pensamento estranho que “ela nunca teria chance comigo”. Paguei caro ter pensado isso. Pessoalmente, foi a mulher mais linda que já achei e amei, com seus imensos cabelos castanhos, seus um metro e setenta e quatro de um corpo absolutamente perfeito, branco e róseo que conheci e beijei , cada centímetro, perdendo totalmente o controle de mim como nunca antes. Quando dei por mim, estava apaixonado e já não me bastava mais nossa relação de “amiguinhos”. Pedi então ,numa noite depois de ter muito refletido o dia inteiro, que ela não me procurasse mais, nem por telefone. E, nessa mesma noite, tive pesadelos terríveis. Achei tudo muito estranho... pior mesmo, foi que ,no dia seguinte, e nos outros mais três dias após esse pesadelo, parei misteriosamente de comer. Claro que ela não parou de ligar-me e tive que aceitar a ajuda que ela me oferecia, pois já não conseguia mais sair da cama. “Quem mandou pedir o divórcio”? , Ela brincava. Dias depois, começamos a namorar e tivemos de início aquela felicidade inevitável: três dias sem sair da cama fazendo amor, dvds, pipoca, banho juntos que ela me convidou a tomar dizendo que marido e mulher tinham que ter intimidade, massagem, sorrisos, beijo no ponto de ônibus, saudades na hora da separação, planos de casamento, madrugadas em claro ao telefone e ,claro, as promessas que ela me fazia de que iríamos ficar muito tempo juntos, que ela sentia claramente isso, que nosso caso duraria anos. Evidente que aquela idéia de ficar para sempre perto dela era a mais feliz para mim. Eu a amava mais que minha vida e fiz dela meu pedacinho de Deus. Porém, logo começaram as chamas do inferno entre nós...















 















 







 









Nessa busca em achar um caminho que fosse puro, que levasse-me de verdade a manifestações do puro espírito de Deus, ingressei em várias outras instiruições e doutrinas na esperança de formar uma síntese ilumidada e `O caminho" encontrar no "caminho". Meus estudos e investigações levaram-me a descobrir uma corrente tradicional que não pode ser maculada nem corrompida pelo elemento humano, pois é toda guiada no Espírito Santo e nos sinais divinos; porém, como não tem sede não é nada fácil, sequer, encontrar um membro da Tradição e fiquei buscando durante anos um contato, além de pedir a Deus em minhas preces. Anos de busca após, vi pelo google uma pessoa ligada ao movimento comunhão e libertação da Igreja Católica disposta a dar informações sobre o lado secreto e místico dos templários. Chamava-se Miguel, da cidade de São José dos Campos, em São Paulo. Era professor de cabala e palestrante. Deixava um email de contato e assim começamos a conversar.



 



A  maneira como Sara era despudorada chegava a ser candida.  Deitada, com os dedos na vagina ia me mostrando com um grande sorriso sua intimidade, como seu eu nunca houvesse



visto um orão feminino, ia ela "pequenos lábios, grandes lábios" e eu pensando comigo num m isto de ternura e compaixão onde que tinha me metido.



Ela parecia não se dar muito conta de que não era minha primeira mulher. De certa maneira, tinhamos ambos uma intuição que toparamos



com uma coisa nova tanto um quanto outro. Pegava minha mão para ver se lembrava subsconcientemente



de alguma encarnação passada nossa  juntos , especulava.



Um dia, teve uma hora que ela susurrou-me na cama, em meus ouvidos,

engatinhando até mim com aquela voz que deixava-me alucinado: “solta o

tigrinho”, e causou-me um grande impacto na alma, porque eu não entendi

direito na ocasião o que ela queria dizere fiquei me sentindo uma criança de colo

desmamada e desamparada, com minha alma sempre dando reviravoltas de 360

graus com a vida que vinha dela para mim. Eu, mais velho que ela quinze anos ,

parecia a virgem da situação que ia sendo pouco a pouco deflorada, uma flor

aberta que ela comia vorazmente com fome, sem piedade e eu me entregava ao

sacrifício dolorido mais feliz.



 



 



 



As brigas com Sara começaram a se intensificar logo que nossa intimidade fora consumada de todo. A impressão após dos três dias que ficamos juntos é qiue foram séculos já que estavamos juntos. Como ela parecia-me muito dada a seduzir por pura vaidade e prazer, comecei a ter cíumes dos tipos que apareciam na sua rede social; o extremo sensualismo dela fazia-me enlouquecer de pensar que a qualquer momento ela poderia estar com outro na cama. Tinha raiva do ex namorado dela que a iniciara em determinada pratica ocultista amoral que era, por uma ironia macabra, diametralmente oposta a linha de pensamento que eu vinha aperfeiçoando com Miguel. Chamava o ex dela de promíscuo. Ficava angustiado de ver que nenhum valor cristão lhe fora passado, sequer pelos pais. .Tinhamos choques de valores violentos. Encontrei um texto dessa época de uma conversa que tivemos andando pela praia, na Ilha do Governador.































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































“ Esperei em vão o telefonema noturno. Dormimos juntos, caminhamos pela praia de mãos dadas pela manhã. Ela observando que minhas mãos eram tensas, dizia “relaxa” com uma certa irritação. Eu, com mil segredos que não poderia revelar. Um homem preso no seu próprio mistério. Era certo que a amava. Não queria tanto, mas o coração desconhece razões. Morava sozinho, o destino em suspense por mil dúvidas, a vida imprensada por mil dívidas. Estava apegado, no entanto. Ela, quinze anos mais nova, pensando talvez que comprometer-se poderia fazê-la perder outros encantos da vida. Eu queria mais comprometimento, mas sem confiar plenamente. Sentia que ela queria estar com o espírito livre. Senti vergonha de meus sentimentos apegados. Antigamente, o amor era tudo para as moças, hoje não mais. Além do amor, tem a realização profissional, curtições independentes, espaço próprio e mais e mais desejos. Um amor apenas não realiza mais uma mulher “independente”. O que realiza? Ninguém se realiza completamente no mundo. Escolher um caminho é abandonar alguns outros, ao que parece. O mundo tem seu tanto de renúncia. No entanto , como um homem maduro, tinha ser forte. Sim, minhas mãos são tensas. Não apenas as mãos, mas a alma. Eu tinha que conviver com a miopia alta, as lembranças tristes que ficam no inconsciente como fantasmas adormecidos... tornei-me escaldado e defensivo. Um homem de conhecimentos especiais, porém melancólico. Sentia quase inútil a sabedoria diante da frieza do mundo. Pensava seriamente em abandonar a literatura. Ri por dentro quando pediram que escrevesse minha biografia. Impossível. Era um dos últimos remanescentes da Fraternidade de homens e anjos, um mercenário de Deus, preparado para os combates celestiais a qualquer momento. .. Acordei pela madrugada e vi que o dia ia amanhecendo, lentamente. Resolvi que não escreveria o email de bom dia. Minha atenção poderia incomodá-la. Sentia-me ridículo. Eu tinha que ser forte, pois ela vinha demonstrando uma certa distância, apesar que ainda estávamos saindo juntos, mas não eramos mais aquele fervor e poesia dos primeiros dias, quando vimos juntos revelações do mundo espiritual, um viajando pela alma do outro, eu rezando em seu corpo com palavras estranhas. Lembrava-me que quando menino costumava achar estranha a tristeza dos homens. Não entendia. Hoje, sabia de tristeza como ninguém. Temia que ela abandonasse-me no meio daquele oceano de envolvimento em que estava. No entanto, era preciso prosseguir. Peguei a papelada do divórcio e pus na bolsa. A ex mulher parecia-me agora um coisa surrealista. Nunca conhecera-me. Lembrei-me de meu padrinho dizendo para eu nunca deixar de ser benévolo às pessoas. Chegada a manha, era hora de voltar a ser o anjo alado da net, que fizera com que nos encontrassemos. Só eu sabia o quanto aquele Fake era o melhor de mim. Não esperar nada de ninguém. Nem incomodar. Só eu prepararava-me, todos os dias, para viver servindo. Eu a tinha? Não sabia. Talvez eu nunca fui uma felicidade em si para ela, apenas um evento exótico, mais uma novidade do tanto que ela tinha em seu carrocel dos vinte e quatro anos. Assim, eu percebi que não tinha mais argumentos. Só a perplexidade dos sentimentos. O mundo não perdoa os anjos; os anjos não perdoam o mundo. Triste metáfora. Conclui que serei um Fake até o juízo final. O vizinho viu-me da janela e deu-me bom dia. Transformo-me em Anjo então, lentamente, enquanto a manha se despe, não peço nem espero nada. Apenas cumpro em silêncio minha sina de Fake Solitário.































































































































































































































































07.08.2006. “































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































A primeira tarefa que Miguel mandara-me fazer era liderar um grupo de estudos ocultos e indicou-me um jovem de vinte e cinco anos, Flavio, e uma mulher de dezenove,Cintia, sendo que com essa mulher o trabalho sempre foi de conversas online. Já Flavio passara a vir em minha casa as quintas-feiras, quando trabalhavamos durante uma hora ritual da seguinte forma: abriamos os trabalhos com uma prece de abertura, acendiamos uma vela, um relaxamento com música, estudo do livro meditações dos arcanos maiores do tarô (ed Paulus) e comentários, estudo do evangelho de João e partilha, novo relaxamento, prece de encerramento e eu anotava tudo com data e hora numa espécie de ata; depois conversavamos sobre negócios, mulheres, jogávamos cartas um para o outro. Subjetivamente, aprendi muito com esse trabalho.















































































































































































































 































































































































































































































































































































 































































































































































































































































































































































































































































































































O caminho da verdade e do poder do espírito está completamente fechado as pessoas que não possuam qualidades para alcançá-los. Quem estudar com cuidado o evangelho de João verá que o "espírito do mundo" não pode conhecer a verdade. Depois que comecei o trabalho espiritual com a Oração Centrante,  percebi claramente que a porta da excelência é muito extreita, pois exige a superação do humanismo. Os pretendentes a magos, e são milhões, ficariam muito frustrados, por exemplo, se fosse dito a eles que teriam que praticar em seus lares por vinte minutos diários, duas vezes  a Lectio Divina. Sem amar a Deus, esse caminho da Tradição é impossível de ser percorrido. Muitas vezes eu fiquei de intermediário entre candidatos que queriam "conhecimento" porém todos se mostravam muito inteligentes "explicando"































































































































































































































































o universo; para ser de Deus, necessário se faz por as coisas celestes como prioritárias, purificar e transformar a mente e o espírito nas prioridades mesmo do ser; só após esse trabalho preliminar, a dama do lago começa a aparecer.
































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS DA MEMÓRIA, DIÁRIO ESPIRITUAL































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Decidir relembrar a minha busca porque creio que cheguei a uma sintese, após Miguel e Sara terem surgido na minha vida; ambos mudaram-me e a meus valores; revelaram-me que há um sentido e uma inteligência divina no mundo; que fazemos parte da história com pessoas que surgem, trocando vida conosco. Tenho anotado uma espécie de diário místico e de sonhos, onde escrevi trechos dessa intensidade; aqui, pouco importa a cronologia. Eis algumas anotações: Penso, enquanto preparo-me para meu ritual noturno, que nada fiz para ser abandonado. Sinto um mixto de mágoa com vergonha. Estou aqui, sozinho. Nâo trai, não menti, não maltratei. E todo meu amor valeu muito pouco. Sinto-me enganado pela vida. Cansado de tentar dar meu amor e ser renegado. Sento-me na posição sagrada desde sempre, com a alma dourada como ouro. Recito a prece em silêncio. A luz desce. A mesma luz de verdade que o mundo não conhece nem pode conhecer. O que faz essa luz no mundo? Entrego-me ao mesmo caminho dos antigos, prometendo-me mesmo não acreditar mais em palavras vãs e recordar-me que o amor é dom dos valentes e nobres. Alguns amam, ou pensam que amam, com o instinto. O verdadeiro amor tem vergonha do que é baixo e sórdido. Mas isso a pífia humanidade ignora. E prossigo no meu deserto para Deus, inundado de luz. Somente meu coração permanece triste, como o do Mestre a dois mil anos, abandonado na pior hora." 2007 "A gripe da noite parece sinalizar que ainda não estou inteiro em mim, que a paz ainda não está completa, que ainda há terreno a ser descoberto, conquistado, que ainda não vesti a roupa exata, ou que ,de certa maneira, ainda não posso fincar a bandeira da vitória. Não, faltam algumas coisas para a liberdade; o amor, porém, é graça. Eu só sei que sangro no caminho, mas também sei que o sangue de Deus sangra comigo. Zona da Mata, Mineira. 23:55 28.01.20011.































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































SÁBADO, 22 DE MAIO, TEMPO PRESENTE Marcelino Rodriguez Dia frio e solitário. Estou aqui na viagem escura e estranha desses relatos que nem sei onde irão me levar. È estranho quando nossos pais morreram e não temos mais ninguém. Esses últimos dias tem sido bastantes paradoxais para mim. Sinto-me amparado por Deus e ao mesmo tempo só nessa amplidão. Hoje resolvi tomar duas cervejas porque o medo da pressão estava me deixando muito hipocondríaco. Deu certo. Fiquei menos tenso e dormi um pouco pela tarde. A terra por vezes é como um imenso exílio. Quem suportaria a solidão com a divindade? Ò Deus, levai meu barco tão pequeno no teu mar tão imenso!Eu queria dividir qualquer coisa em qualquer lugar com qualquer pessoa, mas o que tenho agora é essa noite plácida e silenciosa. Assim como não me buscam, ando desistente de buscar gente. Hoje em dia, raramente é possível um encontro. Às vezes eu me sinto como se estivesse que estar em outro lugar, não aqui, mas também não sei aonde. Ou talvez estar de outra maneira, talvez com outra pele. As vezes sou um peso para o que está dentro de mim. Isso que está dentro de mim é capaz de voar.































































































































































































































































O caminho da verdade e do poder do espírito está completamente fechado as pessoas que não possuam qualidades para alcançá-los. Quem estudar com cuidado o evangelho de João verá que o "espírito do mundo" não pode conhecer a verdade. Depois que comecei o trabalho espiritual com Miguel percebi claramente que a porta da excelência é muito extreita, pois exige a superação do humanismo. Os pretendentes a magos, e são milhões, ficariam muito frustrados, por exemplo, se fosse dito a eles que teriam que praticar em seus lares por vinte minutos diários, duas vezes ao dia, a Oração Centrante ou a Lectio Divina. Sem amar a Deus, esse caminho da Tradição é impossível de ser percorrido. Muitas vezes eu fiquei de intermediário entre candidatos que queriam "conhecimento" porém todos se mostravam muito inteligentes "explicando"































































































































o universo; para ser de Deus, necessário se faz por as coisas celestes como prioritárias, purificar e transformar a mente e o espírito nas prioridades mesmo do ser; só após esse trabalho preliminar, a dama do lago começa a aparecer.
































































































































































































































































































































































































O GRAAL - TRECHO DO LIVRO O TIGRE DE DEUS EM SEU JARDIM































































































































As vezes, eu passava horas com Miguel no messenger falando bobagens, trocando emotions, buscando , subrepticiamente, que ele me revelasse mais sobre o modo de proceder da Ordem e da minha história espiritual . -- Vamos, Miguel, conta ai. Onde está o graal?































































-- Você na verdade bebe dele todos os dias , meu caro, a cada nascer e por do sol ele passa por você, generosamente.Beba-o.































































Hoje em dia, penso ter uma intuição sobre as pistas do sagrado e quando estamos perto das mãos e das faces de Deus em nossos caminhos diários. Dentro de nós correm dois tipos de energia: uma pura, outra contaminada. Assim também nos outros. Grandes segredos Jesus falou sobre isso e João revela no seu evangelho. Quando buscamos dar o melhor de nós, nosso esforço e suor cheira a vinho e comungamos. O esforço correto é sempre doador. A energia contamidade são sempre os impulsos de vaidade, egoismo e mentira. As pessoas verdadeiras do mundo estão unidas por um laço indissolúvel de amor. Para obter a sabedoria pura da fonte, é preciso olhar todos os dias o mundo como uma criança , como se fosse a primeira vez.































































Direitos Reservados































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Um dia, teve uma hora que ela susurrou-me na cama, em meus ouvidos,































































































































engatinhando até mim com aquela voz que deixava-me alucinado: “solta o































































































































tigrinho”, e  causou-me um grande impacto na alma, porque eu não entendi































































































































direito na ocasião o que ela queria dizere fiquei me sentindo uma criança de colo































































































































desmamada e desamparada, com minha alma sempre dando reviravoltas de 360































































































































graus com a vida que vinha dela para mim. Eu, mais velho que ela quinze anos ,































































































































parecia a virgem da situação que ia sendo pouco a pouco deflorada, uma flor































































































































aberta que ela comia vorazmente com fome, sem piedade e eu me entregava ao































































































































sacrifício dolorido mais feliz.































































































































 































































































































Excedia-me de amá-la e toquei o coração da terra, vi as criaturas































































































































no seu dentro e quase houve o fim do segredo para mim.































































































































Xinguei-a um dia de piranha uma dezena de vezes,































































































































pois me deixara após me possuir. Ameacei matar-me.































































































































Inventava orações em cima do seu corpo,































































































































como um Deus.































































































































 































































































































































































































































 































































































































































































































































CARTA A DEUS































































































































































































































































 































































































































































































































































 































































































































































































































































Querido Deus, estou aqui na espera de resolver meus trâmites burocráticos para poder ficar nas montanhas, perto dos arco-íris e das tempestades, estudando as diferentes qualidades de Anjos. A cidade dos homens, com sua fumaça e ferocidade, atrapalha minhas observações e o crescimento normal das minhas asas. O Senhor sabe que meu sonho sempre foi voar como Peter Pan ou os Jetsons. A terra anda pesada e as pessoas caminham sem perceber pisando em diamantes. Será que se jogarmos a primeira Edição de Camões pelo chão, irão perceber? Nada. Nem sequer reparam nos Anjos incrustados nas paredes das Igrejas ou na pomba observadora. Quero ficar rico, Senhor, o bastante pra ficar semanas vendo filmes de vampiros no telão do meu notebook. Hoje vim pelo ônibus lembrando quando eu acreditava no amor das mulheres e minha alma tentava achar a porta dos universos paralelos. Claro que agora sou quase um sábio, depois de quebrados escudo e espada. Aprendi lutar de mãos vazias. Jogaste duro comigo, deixando-me vulnerável; porém, hoje, vejo melhor que poucos espíritos estão acesos na escuridão. Poucos aprenderam dizer sim. Quase ninguém a amar. E como mente essa gente. Deveriam ler Garcia Marques. Sei, Senhor, que como poeta a extinção me ameaça. Daqui a pouco vão querer-me em museus. Então, protejei-me Senhor, e acalmai meu coração que não entende como em terra tão farta e tão bela a estupidez não consegue enxergar que a riqueza está apenas em sorrir, amar, agradecer e caminhar. E que nada é sólido, fora o amor. Esta ruim de convencer essa gente, Senhor. Portanto, vos peço que guardai na terra aquilo que me deste e dai-me logo a absolvição. Gosto de ver a arvore do céu crescendo. Entristece ver a multidão de olhos abertos sem enxergar.


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