Brasil: «Semana da Vida é um grito em defesa da vida», segundo bispo Dom Genival Saraiva, bispo de Palmares
Zenit.org
SÃO PAULO, terça-feira, 3 de outubro de 2006 (ZENIT.org).- Segundo o bispo de Palmares (Estado do Pernambuco, nordeste do Brasil), «A Semana da Vida», que a Igreja no Brasil promove de 1 a 8 de outubro, «é um grito em defesa da vida».
Em artigo publicado pelo web site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) esta terça-feira, Dom Genival Saraiva revela que para uma pessoa de fé, a primeira razão em defender a vida é de «natureza religiosa». Pois «a palavra de Deus é muito clara, é suficientemente explícita, quando está em questão a vida; por isso, não faz contemporizações, não propõe alternativas porque, em quaisquer circunstàncias ou situações, deve prevalecer a defesa da vida».
Porém, o prelado também questiona se, por esse motivo, «pessoas que não têm princípio e prática religiosa ou estão incluídas entre os que trilham os caminhos do relativismo religioso» estariam dispensadas de defender a vida. E responde que «é claro que também estas estão obrigadas a respeitar e defender a vida, uma vez que igualmente elas se regem pelas disposições da lei natural e pelos princípios da ética, como elementos norteadores da conduta humana».
Dom Genival também chama a atenção ao fato de que, «em nossos dias, na realidade, muitas pessoas passam a relativizar o valor da vida, a partir do posicionamento de segmentos da sociedade e da linha adotada por diversos setores dos meios de comunicação de massa que proclamam o direito de cada um agir de conformidade com seu ponto de vista, não obstante isso tenha como consequência, em casos concretos, a penalização da vida».
O bispo esclarece que «perante essa "moral autónoma", a posição da Igreja é considerada conservadora, ultrapassada, retrógrada, mormente, em assuntos extremamente delicados, como aborto, eutanásia e pesquisas na área da biotecnologia».
Porém, esclarece também que «a Igreja, "perita em humanidade", na expressão do Papa Paulo VI, sabe que esses assuntos são manipuláveis e, por consequência, ferem a vida e põem em risco a dignidade humana, dado que há uma evidente instrumentalização de parte de pessoas e grupos, por interesses de natureza política e financeira.»
Por fim, o prelado deixa claro que a Igreja toma posição «em relação ao tratamento que se dá à vida, no campo da ciência, da pesquisa, da tecnologia e da comunicação, fundamentando-se nas verdades da revelação divina, em dados da ciência e nos critérios da ética». E lembra que «a Semana da Vida é um grito em defesa da vida, do momento da concepção ao último instante da existência humana na terra.»
ZP06100315
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