A poesia que me toca
Torra a minha alma,
Mata-me a cada verso
Com palavras cortantes.
Suas vestes são restos
De um enxoval da Maldade humana,
Onde menos é mais,
E mais ou menos tudo será.
A poesia pulsa sob a pele,
Pronta para expor as vísceras
De um homem um tanto infantil,
Meio velho, quase adulto,
Que vive solto entre mundos
Em conexão com o abstrato.
A poesia pune as paixões,
Delata as dúvidas atuariais,
Deixa entre nuvens de algodão
O perfil que guardo nas gavetas.
“Sob a Pele”
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