Usina de Letras
Usina de Letras
15 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Criatura nojenta. -- 06/01/2004 - 23:40 (Juca Gado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Criatura nojenta.

Que criatura é aquela, ali parada em minha frente? Trajada de uma espécie de terno marrom-avermelhado, olhando fixamente em algum ponto desconhecido ela trouxe a minha mente medos e lembranças que eu francamente não quero ter, neste momento. Uma criatura de idade indefinida, monstruosas pernas e um cheiro medonho. Sim, o cheiro! Medonho quanto aqueles pesadelos que tenho nas poucas noites em que consigo dormir.

Aquela criatura, ali parada, fedendo e olhando a algum ponto do infinito que apenas a antiguidade de seu ser consegue compreender. E eu, eu ali olhando aquela criatura fedorenta quanto escura. Escura quanto a noite sem sonhos, escura quanto um pesadelo que tenho em noites escuras e fedorentas.

- Oh, criatura monstruosa - grito em meu pensamento - por que não partes em direção ao infinito que miras, deixando sossegada minha alma, sobrecarregada de outros infinitos medos ? Por que não partes, carregando consigo o medonho fedor? Porque não parte, como partem todos aqueles que amo? Sim, criatura nojenta - torno a gritar dentro do pensamento - por que não partes do jeito que partem todos os meus sonhos? Porque permaneces ai parada, cutucando minha alma igual a um pesadelo?

Mas por mais que eu grite em meu pensamento, ela permanece ali, inerte, fitando o infinito com aqueles olhos escondidos , com aquela cabeça que carrega um cérebro que algum pensamento medonho e fedorendo naquele instante acomete.

Juca Gado
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui