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Cronicas-->Dia da Independência - Três ou Sete de Setembro -- 14/10/2006 - 08:49 (AROLDO A MEDEIROS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dia da Independência - Três ou Sete de Setembro

Há tempo venho percebendo que os valores patrióticos no Brasil, por menor que fossem, estão cada vez mais se perdendo. Pelo menos numa cidade constatei que o desfile das escolas e associações estão acontecendo no domingo que precede a data comemorativa. Não posso deixar de ficar indignado, pois uma das coisas que eu mais gostava, era todo ano desfilar ao som da fanfarra no dia Sete de Setembro. A banda de ritmo marcado esquentava os tamborins durante o mês de agosto para não dar vexame. Eu, mesmo sendo baixinho, não reclamava de ser o último da fila. Na minha infància, nos dirigíamos até a concentração de calça curta, cabelo cortado, penteado e melado com o que hoje chamamos de gel fixador. Naquele dia passávamos fome porque o desfile era lento e nossa escola era a última a sair. Trazendo para os dias atuais, vejo que com relação ao horário nada mudou. Escutei um garoto reclamar que estava há uma hora e meia esperando naquele dois passos para frente e uma eternidade parado. Nós não podíamos, na fila, sequer mascar chicletes. Hoje até celular os garotos carregam no bolso, e o que é pior, tocando músicas. Vi garoto marchando com as mãos nos bolsos. No que será ele estava pensando naquela hora? Deu pena ver que aquele garoto faz parte do futuro do Brasil. Como falei no começo, íamos todos muito bem arrumados e éramos obrigados a calçar sapato ou tênis da cor preta, correndo o risco de ficar de fora da marcha se assim não procedêssemos. Hoje é um festival de cores e de tipo de calçado. Como éramos educados diferentemente dos dias de hoje, não carregávamos faixas com apelos políticos e sociais. Até acho legal, desde que as faixas não contenham erros de português como a que vi. A palavra, em letras garrafais, chamava a atenção: Catastrofes. Até entrar para a faculdade sempre marchei e pelo que me consta o pé que bate mais forte no chão é o esquerdo. Comecei a acompanhar a escola no desfile e não acertava o passo. Aí é que percebi que naquela cidade o pé que bate forte é o direito. Será que é uma forma de dizer não ao governo federal de hoje que sempre foi considerado de esquerda? Havia uma menina que batia com tanta força os dois pés, alternadamente, que ao olhar sua silhueta era um rebolado só. Depois do desfile, ao chegar em casa de meu cunhado, percebi que uma sobrinha não fora desfilar. Perguntei porque ela não havia ido sequer apreciar o desfile, pensando até que poderia estar doente. A resposta foi como uma ducha de água fria nos meus sentimentos nacionalistas.- A Sexta e a Sétima Série não marcharam porque ia ter muita criança e ia demorar demais o desfile. Para delírio dos fofoqueiros a baliza, aquela menina-moça que puxa o desfile fazendo muitas vezes passos patéticos e americanizados, na cidade em que assisti ao desfile, é a filha do Prefeito. Durma com um barulho desses. Seria melhor dormir com o barulho de uma fanfarra bem afinada, os alunos desfilando com os passos certinhos e contentes pelo que estavam apresentando, não no dia três e sim no dia Sete de Setembro.
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