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Poesias-->Asfalto -- 11/10/2013 - 01:59 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Asfalto
De alguma forma estranha
as cidades falam
e tocam nossas partes
sem piedade.
Onde vai teu pensamento
se a cidade o devora
ele prende-se dos fios
das miradas?
Das pessoas...
Tem escadas como naves
a cidade tem antenas
prendo a raiva do sistema
nesses ferros sem poema
onde vai teu riso largo
se ninguém o pega e come
você o joga no asfalto
e ela consegue que morra
talvez o sol ao nascer
varra o drama das esquinas
meu sentimento sem rima
sem o eco , sem boteco
faltam
segredos
sem becos
somente pássaros bruscos
como segredos inteiros
que atravessem a cidade
e encontrem eco
e berrem
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