MUDANÇA DO TEMPO
(Jairo Nunes Bezerra)
A janela estava aberta!
A chuva inundou meu quarto...
A empregada antes esperta,
Parada, fitava um retrato!
Nua, gotejavam-lhes os olhos...
Recordações de outra data,
Em que também a sós,
Tinha a tristeza retratada!
Assim, vivem muitas mulheres,
Até mesmas as de aluguéis,
Limitadas à solidão!
Alguns homens se ausentaram!
Os seus desejos enterraram...
E satisfazem-se com as mãos!
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