Espero de ti o que se espera da estiagem
Acordes maiores em alegres melodias
Serena voz do vento na ramagem
E o fim das dissonantes notas tardias
Teimo em acordar e abrir as janelas
Encher meus pulmões da brisa matutina
Depositar no céu as minhas quimeras
Colecionando paisagens em minha retina
Procuro-te nas horas mais claras do dia
Na memória daquilo que não presenciei
E choro com os versos desta vã elegia
De viver a ilusão do destino que eu criei.
Cláudia Azevedo
janeiro de 2004
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