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Poesias-->Da solidão em metrópole e busca -- 12/12/2013 - 00:03 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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DA SOLIDÃO EM METRÓPOLE E BUSCA
Caminhei as entrelinhas da cidade
e pode ser que te sonhava.
Entre a bruma da manhã e as luzes tênues
uma tarde espreguiçava seu decote
e por ele algumas pombas arranhavam
não era outro nem ninguém
mas era eu- que me encontrava
e você (sem nem saber)
ausente e bom
me incomodava
lá no fundo da cidade
como um lago em extinção
era eco de falantes
muitos ruídos
já nem sei
você tão tácito e pleno
tão perfeito que doía
e um mistério
a recolher
então recolhi meus canhões (eles só atirariam flores)
levantei meus implementos, desfiz cabana e assentos
me convenci de que nunca iria ter teus momentos
e num pacote real embrulhei os tontos sonhos meus
para dizer à verdade que de uma vez viesse, logo.
Eu já estaria acordada de porta aberta e sem nada
para entender que a teoria- primeira e velha teoria
a mais temida que eu tinha, e mais provável já dita
era a mais cruel das janelas mas... a mais nua e explícita.
Então peguei a cidade com toda a unha que eu tinha.
Acreditei que eu podia fazê-la minha- só minha
e decidi que suas ruas, as tais calçadas perfeitas
viriam todas comigo a pesquisar os buracos.
Onde as pessoas se escondem
onde do nada aparecem metrôs repletos de gente
os estudantes e os homens com pastas quase gigantes
E nesse meio deserto tão empolgado de almas
deixei metade de mim
como mais uma que canta
e trouxe algo
esquisito
algo que bate, tambor
bem agarrado no peito
que por acaso era meu.
Tem uns dialetos de outono
brilha e apaga, consome
e se insistir em tocá-lo
às vezes dói.
Quase geme
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