Usina de Letras
Usina de Letras
69 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62628 )
Cartas ( 21339)
Contos (13282)
Cordel (10460)
Crônicas (22554)
Discursos (3245)
Ensaios - (10509)
Erótico (13583)
Frases (50981)
Humor (20097)
Infantil (5522)
Infanto Juvenil (4845)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1377)
Poesias (141007)
Redação (3334)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1963)
Textos Religiosos/Sermões (6274)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Da solidão em metrópole e busca -- 12/12/2013 - 00:03 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DA SOLIDÃO EM METRÓPOLE E BUSCA



Caminhei as entrelinhas da cidade

e pode ser que te sonhava.



Entre a bruma da manhã e as luzes tênues

uma tarde espreguiçava seu decote

e por ele algumas pombas arranhavam



não era outro nem ninguém

mas era eu- que me encontrava

e você (sem nem saber)

ausente e bom

me incomodava



lá no fundo da cidade

como um lago em extinção

era eco de falantes

muitos ruídos

já nem sei



você tão tácito e pleno

tão perfeito que doía

e um mistério

a recolher



então recolhi meus canhões (eles só atirariam flores)

levantei meus implementos, desfiz cabana e assentos

me convenci de que nunca iria ter teus momentos

e num pacote real embrulhei os tontos sonhos meus

para dizer à verdade que de uma vez viesse, logo.

Eu já estaria acordada de porta aberta e sem nada

para entender que a teoria- primeira e velha teoria

a mais temida que eu tinha, e mais provável já dita

era a mais cruel das janelas mas... a mais nua e explícita.



Então peguei a cidade com toda a unha que eu tinha.

Acreditei que eu podia fazê-la minha- só minha

e decidi que suas ruas, as tais calçadas perfeitas

viriam todas comigo a pesquisar os buracos.

Onde as pessoas se escondem

onde do nada aparecem metrôs repletos de gente

os estudantes e os homens com pastas quase gigantes



E nesse meio deserto tão empolgado de almas

deixei metade de mim

como mais uma que canta



e trouxe algo

esquisito

algo que bate, tambor

bem agarrado no peito

que por acaso era meu.



Tem uns dialetos de outono

brilha e apaga, consome

e se insistir em tocá-lo

às vezes dói.

Quase geme







------------------------------------------------------
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 3Exibido 239 vezesFale com o autor