Nesta vida carreguei pesado fardo
No quinhão de meu trabalho:
Enfrentei dificuldades, incompreensões.
Consegui, contudo, ir em frente
Galgando posições e espaços:
Espaço profissional,
Espaço social.
Hoje, no terceiro tempo da vida,
Das sementes do passado
E na germinação do presente,
Ei de colher as flores do amanhã
Nesta reta final da vida.
Assim sigo o meu caminho
Solitário mas cheio de esperanças
De ainda ver um mundo melhor
Sem guerras, sem fome, sem violência.
De ver respeitados os mais humildes,
Os inditosos enteados da mãe Terra.
Carrego um pouco do sentimento
Sentimento de solidariedade de Buda
Para com as pessoas
E a enorme capacidade para amar.
Hoje sei o quanto somos pequenos
Face o sem fim do universo;
Quão pouco sabemos
Diante dos mistérios da vida e da morte:
Quanto insignificantes somos
Escondidos num dos mais obscuros
E pequenos planetas do Universo.
Mas é na fé em Deus que podemos
Nos transformar em cidadãos
Do universo, mais felizes e mais eficientes.
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