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Poesias-->Tambem Lareira -- 26/12/2013 - 02:14 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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TAMBEM LAREIRA
Depois da chave entregue
e ter deixado a minha porta
escancarada
não sei se arrisquei tudo
sem ter nada
Não sei se dá cansaço
dá tontura (e a vontade?)
saber que a porta inteira fica aberta
não liga para a noite nem sereno
e sabe que estará a esperar-te
inteiro.
Não sei se cansarás,
virás primeiro
ou então me cansarei
porque não chegas
Depois que a gente abre
joga a chave
não fecha porque sim
e permanece...
Um dia te arrisquei em mim sem arte
no outro desdenhei e tu não vinhas.
E agora que destranco a casa toda
receio te perder
mesmo na porta
Falaste como abrigo em dia frio
e eu mantenho o fogo e a lareira
só resta algum instante como vinho
que queime e me destranque
a mim
inteira
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