(Para minha esposa)
Percorro os olhos do pensamento
Pelas páginas dos sonhos
E soletro você.
Cada linha é um infinito de ternura,
Cada letra traz, intrínsecos,
Seus gestos ternos, seu meigo olhar.
Sou poeta porque posso sonhar
Seu sorriso, beber seus beijos,
E escrevo, buscando os parcos adjetivos
Da Flor do Lácio,
Uma vez que não lhes chegam aos pés,
Singelos que são diante do que você é.
Não sou poeta porque faço versos:
Eu o sou porque, incomparavelemtne,
Você é minha inspiração,
A própria poesia em mim,
E seu amor tornou-se a tinta mais pura
Que rabiscou as páginas brancas do meu coração.
(Maurício Apolinário) |