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cronicas-->Omissão injusta -- 27/10/2006 - 09:51 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Omissão injusta

Murilo Badaró (*)

Quase sempre, todas as vezes que assuntos referentes aos Militares são abordados pela mídia nacional, a eles são imediatamente agregados conceitos desprimorosos aos fardados e qualificações defasadas da realidade e, não raro, flagrantemente injustas. Quando se trata, por exemplo, de noticiário a respeito da guerrilha do Araguaia, onde ganhou especial realce o guerrilheiro José Genoíno, mais tarde presidente do PT e depois escorraçado pela própria agremiação, a adjetivação desonrosa supera em muito os fatos e até mesmo as versões produzidas pelas eventuais vítimas. Isso tem sido norma, verdadeiro refrão em praticamente todos os noticiários envolvendo Militares brasileiros, especialmente os do Exército. Definidos por Alfred de Vigny como "os grandes mudos", mesmo reconhecendo as injustiças que permeiam a maior parte das críticas, os Militares continuam cumprindo silenciosamente seu dever de forma patriótica.

A presença de forças do Exército na busca de sobreviventes e corpos mutilados do recente desastre com o Boeing na floresta amazónica colocou em evidência a disciplina, o preparo técnico e a capacidade de doação dos soldados especializados no enfrentamento das selvas, com destaque para o corpo de pára-quedistas, arrostando todos os perigos em região inóspita para aliviar um pouco o duro sofrimento experimentado pelos familiares das vítimas da tragédia. No entanto, durante todos os dias, com largas laudas de jornais dedicadas ao assunto, nenhuma palavra elogiosa ao desprendimento daqueles Militares sem divisas, entregando-se à missão com exemplar dedicação e não menor entusiasmo. As imagens transmitidas para todo o Brasil da operação-salvamento nas selvas amazónicas ganharam a dimensão de verdadeira epopéia, tornando mais gritante a omissão sobre ela quando foram dedicadas páginas e páginas dos matutinos e vespertinos na busca da explicação das prováveis causas do sinistro. A dedicação dos Militares, enfrentando todo tipo de obstáculo na mata bruta, na busca de corpos e pedaços da aeronave desintegrada que pudessem explicar o desastre, não mereceu o devido apreço por parte da imprensa. Foi uma injusta omissão, compensada talvez pelo silencio sofrido das famílias das vítimas, únicas a reconhecerem o meritório esforço dos soldados brasileiros. Os antigos diziam que o tempo conduz a verdade pela mão. Entregues à faina rotineira nos quartéis, oferecendo ao Brasil em todas as oportunidades os exemplos de seu desprendimento, disciplina e patriotismo, os Militares brasileiros ganharão o reconhecimento da história.


(*) Presidente da Academia Mineira de Letras (AML)







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