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cronicas-->O VÓO DA MORTE (1907) E A CASA DA MÃE JOANA -- 28/10/2006 - 21:28 (Domingos Sávio Fernandes de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O VÓO DA MORTE(1907)E A CASA DA MÃE JOANA

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O leitor deve estar curioso para saber que relação existe entre o trágico acidente aéreo e o adágio popular. Permita-me lhe dizer que não há nada de humor negro ou desdém, pelo contrário, de há muito é necessário que se ponha em ordem a casa. Explico melhor: é de conhecimento público que quando não existem regras, leis ou ordens em algum lugar, usamos a frase para nos referirmos que naquele recinto todo mundo faz o que quer e o que tem vontade; não se respeita direitos e tampouco há punições para tais comportamentos.

Infelizmente é assim que cidadãos(sic), ao meu ver marginais norte-americanos, quando aqui estão em nossa pátria amada tupiniquim, como em toda a América Latina, agem. Assumem escancaradamente atitudes de descaso com nossas leis, debocham de nosso desenvolvimento, criticam nosso atraso e posam de seres superiores.

Acompanhei atentamente todas as reportagens possíveis a respeito da tragédia. Comovi-me com a dor dos familiares e indignei-me com a descarada trama para tirar a responsabilidade dos dois pilotos norte-americanos. Acrescentei ao meu vocabulário o nome "transponder", equipamento existente para evitar choques em todas as aeronaves, pois o mesmo identifica até 30 aeronaves em sua volta por um seguro raio de alcance.

Pois bem. Não é que se articula que o tal aparelho estava com defeito... Estava desligado...Houve uma ininteligível mensagem dos controladores de vóo.. Etc, etc. O que menos se quer aceitar é que os dois norte-americanos estavam brincando com o Legace. Divertiam-se negligenciando e alheios à ordem do plano de vóo. Sentiam-se em terra abandonada, casa de noca ou casa de mãe Joana. É do regulamento aéreo que o plano de vóo estabelecido não pode ser modificado, especialmente diante de incertezas e dúvidas. Logo, que estória escabrosa é essa?

O próprio concidadão repórter norte-americano que estava no avião que conseguiu pousar apenas com danos materiais deitou falação em sua pátria que nossa amazónia é espaço aéreo abandonado, à toa. Mentira deslavada para proteger seus patrícios. Deviam estar todos à galhofada, deboche e desdém em nosso território.

É claro que os pilotos norte-amercianos não agiram dolosamente, ou seja, não tinham a intenção de provocar o acidente, todavia, não posso imaginar que não agiram culposamente. Afastadas a imperícia (pois eram habilitados à pilotarem o avião) e a imprudência( pois dispunham de todo o aparato possível para evitar a colisão), resta a negligência (não agir com zelo, cuidado,utilizando-se de todos os recursos disponíveis).Os especialistas em direito penal saberão distinguir e classificar muito bem tal comportamento que tipifica o crime do artigo 121 do Código Penal Brasileiro( homicídio culposo).

Então, que o nosso ordenamento jurídico seja competente para exarar a punição exemplar aos dois bandidos. A preciosa vida dos 154 ocupantes da Gol foi brutalmente retirada e a indenização que virá das empresas seguradoras não aliviará a dor, perda e sofrimento dos familiares. Os dois irresponsáveis não sentirão no bolso sequer qualquer diminuição patrimonial.

Resta, como brasileiro, ter o alívio de ver aqueles que imaginam fazer de minha pátria a "casa da mãe Joana", serem enclausurados em regime totalmente fechado, pois não são dignos de viverem em nosso meio.

Quando estiverem na prisão, creio que poderão dar evasão ao seu bestial instinto de desprezo e desrespeito aos bens e direitos alheios, não obstante, saberão que até lá dentro da penitenciária existem regras, leis e disciplinas. Se não as aceitarem, os comparsas de presídio saberão aplicar-lhes a suas sentenças, sem sombras de dúvidas, mais severas que as daqui de fora.

É o mínimo que espero!

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