No silêncio da noite
(Por: Marcos Woyames de Albuquerque)
Nos caminhos que te busco,
Neles tenho o amor de mim.
Nos achamos neste encontro,
Perdidos em desejos sem fim.
Sem recatos ou princípios,
Entregas a mim teus atalhos.
E na busca de teus carinhos,
Descubro-me em ti, onde valho.
Nas montanhas de teus seios
Ou nos vales de teus meios,
Percorrer-te a mim seduz.
Por teus tortuosos caminhos,
Meus lábios em busca de aninho,
Quando então teu molhar me reluz.
Faz-me pois de mim teu brilho,
Aninhado qual teu filho,
Alimentas-me a fome em teu seio!
Desdobras-te em mil mulheres
Fazendo enfim o que queres
Atentas em mim meus anseios
Assim pois que tu amas,
Quando deitas em minha cama
E te dás ao meu querer.
Nada mais importa de fato
E qual água corrente em regato,
Enlouqueces do amor a ferver.
És o tudo que me satisfaz,
Fazendo-te dama ou vagabunda,
Por mim, o que me apraz,
Até que enfim meu amor te inunda.
És então meu puro afeto,
Meu doce assim predileto,
De mim és toda entregue.
E de novo,
Quando pois de amor me ganho,
E dentro de ti me entranho,
Me recebes e teu ser me ferve.
Na mulher de meus desejos,
Do amor pra mim marcado,
No silêncio d’uma noite,
Teu amor foi revelado.
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