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cronicas-->A NOVA FARSA DO XERIFE -- 05/11/2006 - 19:08 (Domingos Sávio Fernandes de Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A NOVA FARSA DO XERIFE

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A manchete ganha as principais folhas dos noticiários - "Saddam Hussein condenado à morte". Para muitos a notícia soa como um alívio diante das informações que nos foram passadas a respeito do ditador Iraquiano. Lamentavelmente não nos informam que os acontecimentos não ocorreram da maneira que nos são passados e que apenas objetivam matar a fome, desejo de vingança e ilusão da prática da Justiça.

A razão principal para a divulgação da sentença condenatória capital tem um objetivo claro de conseguir influir nas eleições para deputados e senadores dos EUA, pois o partido do atual presidente xerife está em franca queda nas pesquisas. O "xerife" atua de forma desonesta para angariar votos ao seu partido, o que significa apoio e incentivo a novas investidas. Sabe que em razão da frustração pelo sacrifício desnecessário que impós aos jovens norte-americanos que morrem diariamente na guerrilha urbana do Iraque perdeu significativo apoio popular. Reconhece também que apanhado na mentira por denunciar o que não existia e criticado pela desavergonhada e primária ànsia de vingança precisa colher simpatizantes e adeptos, para isso utiliza nova farsa.

Sabe-se que desde o início do julgamento que o tal Tribunal vem agindo com parcialidade e subordinação aos desejos do verdadeiro crápula ensandecido. Lamentável vermos tal proceder, vez que universalmente exige-se da jurisdição estatal completo e total imparcialidade para a segurança e confiança jurídica.

Não é sem tempo avivarmos a mente das pessoas que em passado não tão distante, as dívidas civis eram purgadas pela imposição de sentença de morte(era dado o direito ao credor ou credores de executarem o devedor quando este não pagasse o que devia), posteriormente abrandou-se para apenas castigos físicos e com a evolução chegou-se à conclusão que tais formas eram desumanas e cruéis, passando o Direito a exigir apenas a expropriação patrimonial.

De maneira análoga os povos foram verificando que as sentenças proferidas em jurisdição pelo cometimento de crimes também deveriam abster-se de sentenças de morte contentando-se à limitações ou proibições da liberdade física de ir e vir. Entende-se que não poderá haver pena mais dolorosa e intimidativa que a prisão à execução sumária.

Os meios de comunicação ao divulgarem a aplicação de tais penas de morte, alimentam na população a ultrapassada idéia de vingança, tão combatida por toda e qualquer religião Cristã. Manipulados também pelo poder estatal, somente divulgam e dão ênfase às notícias que são do agrado do "chefe" iludindo as pessoas com cenas que aparentam ser o sentimento geral e único no mundo.

A nossa mídia também subserviente ao comando do "manda-chuva" coloca as imagens de sectários xiitas em comemoração pelo veredicto. Mais uma vez temos a manipulação da informação para criarmos a idéia equivocada que a alegria é o sentimento geral dos iraquianos. Pelo contrário, milhares e milhares de iraquianos mesmo sufocados em seu território pelas armas do exército invasor, expõem-se à morte para proclamarem que não estão satisfeitos com o "teatro" do julgamento. Indignados ameaçam reagir à ordem da execução e alertam que se a mesma for concretizada mais sangue jorrará em todos os lugares da terra. Enquanto isso, o vilão, o crápula, tirano deleita-se nos EUA observando quantos votos ganhou com a farsa da prática da justiça e como é fácil induzir as pessoas ao erro.

Não estou aqui a fazer apologia ou defesa das atitudes de Saddam Hussein, todavia, por uma questão de justiça não posso aceitar que um tirano pague com a vida os crimes que cometeu, no caso desta sentença pelo cometimento de homicídio de 148 xiitas no povoado de Dujail em 1982 em represália a uma tentativa de morte, enquanto outro tirano, por ser o presidente dos EUA que exterminou e continua a exterminar milhares e milhares de iraquianos, possa posar de humanista, justo e paladino da moralidade mundial sem sofrer qualquer punição.

É bom lembrar que mesmo sendo dotadas de razão e raciocínio, as pessoas desde que não as utilizem, agem iguais a animais - boiadas desenfreadas - sob a batuta e comando de espertalhões e embusteiros.

Já é tempo para que a humanidade possa agir com prudência e racionalidade, para que se possa propagar seu avanço e melhoria de atitudes.
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