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Teses_Monologos-->noite fria -- 03/10/2003 - 14:07 (Priscila de Athaides Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Que noite fria! Mas não... Eu não quero parar de sonhar, eu não quero acordar e descobrir que o frio não é real! A noite parece tão próxima do fim que parece um fardo continuar aqui, será que eu estou realmente sonhando? Para quem eu olho quando eu me vejo agora? Tão trêmula e assustada que não pareço aquela que eu vejo... tão fraca e perdida em si mesma que teme despertar... apática, acorda! O que você vê quando se vê? Eu vejo tanto em tão pouco que as vezes eu me atravesso e pareço sumir, será que eu estou aqui? Talvez, fisicamente falando, mas minha mente parece flutuar interiormente... e faz tanto frio aqui! Se eu tivesse que acordar, o que iria querer encontrar? Será que é por isso que eu insisto tanto em sonhar? As mudanças me metem medo...
Eu estou tão solitariamente vazia, que descobri vários eus em mim... Outros eus tão iguais, e tão incompletos que se fazem nada, assim como eu em meio a bilhões... Quem me escuta agora? E se eu gritasse? Ah, não... Ninguém me escutará, porque não há ninguém, apenas eu (Ou será eus?). Eu tenho que acordar... Tenho? Esse frio me invade tão prazerosamente que me sinto mais segura aqui do que quando meus olhos se abrem... o real é tão irreal que os delírios se fazem mais seguros (paper flowers?), será loucura continuar aqui... é tão frio aqui, mas eu não quero partir.
E onde eu estou agora? No meio do nada... eu olho ao meu redor, e nada! São tantos espinhos que parecem cortar a minha pele quando eu me mexo que eu sangro tão lindamente suja e sinto querer despejar todo esse fluido vermelho no chão, esse chão partido em pequenos pedaços que atravessam a minha pele e me invadem... Eu sangro... e nada mais resta em mim enquanto eu me despejo no chão. Mas a noite é tão curta e eu já consigo sentir a aurora me abraçar tão majestosamente, me avisando que o despertar ainda é belo, ainda que triste e solitário... O meu irreal é tão real que o calor se faz tão congelante quanto o frio... já não sei mais onde estou agora... meus olhos abertos... fechados... cerrados... calados... quem consegue entender? Ou ao menos ver? Ninguém... e aqui estou eu, novamente vazia, novamente sozinha, novamente aqui... e já é dia!
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