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Artigos-->A Senda -- 01/02/2003 - 01:41 (Jorge Facury ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A SENDA

Quem desejoso em entender um pouco do universo que nos cerca se vê obrigado a estudar, buscar seu caminho dentro dos conhecimentos que lhe chamam o interesse. No oceano de conhecimento e informação destilados pela humanidade vicejam temas um tanto perturbadores, que se chocam com a ordem do dia e sobre estes muitos dirigem um olhar inquiridor, outros a aspiração profunda de entender e mesmo experimentar algo em torno dos fatos descritos. Tal acontece especialmente na Ufologia. O buscador percuciente experimentará as fagulhas de discussões a queimar-lhe a consciência, pois um embate desagregador se dá entre os acontecimentos considerados fantásticos e as verdades pregadas pela ciência. Certos eventos fogem das lentes e do crivo da pesquisa científica e não é difícil entender a razão, pois inesperados e impensáveis eclodem em ambientes distantes de onde poderiam ser analisados por quem “de direito” permanecendo ao sabor da interpretação leiga ou popular. Desse desencontro resta a dúvida e a pesquisa independente que aplica métodos científicos para se estabelecer, pelejando contra o descrédito.

Para a sociedade global, os representantes da ciência são porta vozes de um mundo divino posto que as certezas que dele emanam constituem a última palavra sobre qualquer conhecimento e quem discorda, no todo ou em algum aspecto, vibra nota dissonante. Será fatalmente encarado como peregrino da estrada da ignorância, associado aos amantes da superstição ou ainda da elucubração. Assim acontece em relação à questão dos ÓVNIS e a possibilidade de os mesmos serem operados por inteligências não-terrestres. Se ao mundo científico, sério e sóbrio parece impossível que tais objetos de fato existam ou surjam de origem tão distante, o que fazer com os milhares de relatos, fotos e filmes amadores que se produzem aos borbotões década após década em linha ascendente? Lembremo-nos da China que desde o início do ano 2000 vive um boom de aparições com os fatos sendo apurados e estudados pelas organizações ufológicas de mãos dadas com a força aérea chinesa (na América Latina o Chile segue a mesma linha) numa demonstração de abertura e maturação do assunto.

Raramente se vê menção na imprensa a respeito de avanços no estudo dos óvnis. Quando acontecem abordagens de maior magnitude em geral o tema está acoplado a algum acontecimento sensacional de impacto negativo. Um exemplo: em março de 1997, trinta e nove pessoas se suicidaram numa mansão nos subúrbios de San Diego, costa oeste dos EUA, acreditando que seus espíritos embarcariam numa nave estelar que os aguardava atrás do cometa Hale-Bopp... Atualmente muito se fala nos clones de humanos, experimento de uma tal empresa Clonaid...Por trás de tudo, o dirigente de uma seita que se diz cumprindo um plano orientado por extraterrestres... Enfim, que idéia deverão fazer do tema óvni as pessoas leigas que poderiam tomar contato com esclarecimentos estabelecidos a duras penas pela Ufologia, com eventos absurdos como esses espocando como atrativos na grande imprensa? Mas, não vamos nos esquecer de que em junho de 1998 os cientistas ao menos dedicaram uma certa atenção ao assunto numa reunião coordenada pelo físico norte-americano Peter Sturrok, da Universidade de Stanford, donde concluíram que “Não há evidências de vida extraterrestre, apesar de alguns relatos de objetos voadores não identificados não terem sido devidamente analisados...”. Ao menos deixaram uma ressalva.

Depois vieram os votos contrários à vida extraterrestre de dois respeitáveis nomes: Peter Ward, paleontólogo, e Donald Brownlee, astrônomo, ambos da Universidade de Washington. Juntos escreveram o livro Rare Earth –Why complex Life is Uncommon in the universe (Terra rara – Porque a forma complexa de vida é incomum no universo). Sem entrar na complexidade do trabalho, o fato é que convencem, com base em seus conhecimentos que “micróbios e bactérias podem existir em todo lugar. Vida inteligente é outra história”. Esta simples e fria conclusão pode ser encontrada na entrevista dos especialistas a Ricardo Mansur e publicada na revista VEJA de 15 de março de 2000. O jornalista resume: “Com base nas descobertas científicas recentes, Ward e Brownlee sustentam que a hipótese de vida inteligente fora da Terra é quase nula”. Faz ainda uma consideração final muito interessante: “Se estamos sós, é surpreendente. Se tivermos companhia lá fora, é mais chocante ainda”.

Enquanto as observações de cientistas garantem a idoneidade de determinados tipos de compreensão e as constatações de pesquisadores de campo independentes trazem a luz fatos insólitos que chocam e arrebatam espíritos investigadores, o projeto SETI, que busca sinais de rádio oriundos do espaço com o objetivo declarado de depurar alguma mensagem inteligente segue seu curso. Há anos nessa busca o projeto já principia lidar com problemas de ordem orçamentária. Oxalá antes de seu provável encerramento possa trazer alguma novidade paras incrementar o debate. Afinal, indiferentes a tudo que se explica e se publica a respeito deles os óvnis continuam aparecendo em todo o planeta fazendo a sua própria história, que um dia decerto e claramente se cruzará com a nossa.

Jorge Facury e Michel Facury

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