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Cronicas-->Aos Meus Amigos de Verdade -- 09/11/2006 - 13:32 (Ed Carlos Bezerra da Silveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aos meus amigos de verdade

Senhores meus amigos, sei da importància absoluta da literatura em nossas grandiosas vidas. Admiro também a forma corriqueira - se me permitem usar este adjetivo -, de certos olhares e diálogos a respeito de minha exclusiva pessoa. Aprecio muito. Entretanto, não vejo entendimento para tal e, muito menos, motivo que os levem a fazer tal sevícia com os meus sentimentos.
Não consigo entender o espanto em todos vocês, pelos quais tive muita admiração, de se apoquentar quando me vêem discutir suavemente relações referentes ao mencionado acima por mim: a literatura.
É cabido "bradar´´ com tintas negras aqui neste belíssimo papel, que todos os atos, os quais são empregados de feitio não desconexo - mas sim, coerentes com os acontecimentos -, são atos desenxabidos dos senhores de alto "nível´´ e de grandiosa intelectualidade; são formas inexplicáveis e transbordam emoções que me privo de relatá-las e retalhá-las aqui. A evolução do ser humano está a cada passo que ele deseja dar. Sendo assim, o passado ficará sempre no passado. As pessoas mudam, senhores.
Não admito, porém respeito, que por motivos altamente desconhecidos por minha pessoa, venham tratar-me como um ser menor. Todavia aceito as suas impossibilidades.
Acordo cedo todos os meus adorados dias. Escovo meus preciosos dentes. Tomo meu banho sempre quando me é possível e me sinto bem para isso. Aprecio meu café com muito gosto. Quero clamar, com devida humildade nas palavras, que sou tão parecido com você, você e você... assim, assim.
Não estou pedindo para não me ignorarem. Ignorem-me, pois é necessário quando vários fatos acontecem. No entanto, ainda assim, peço clareza de palavras (aqui em meus ouvidos, quando eu me encontrar na "honrosa" presença dos senhores). Muito bem. Eu faço meus afazeres normalmente e o motivo pelo qual digo tudo isso com muito afinco, sobretudo com excesso de um pesar danoso, pois almejo o contrário, é em aprazer somente as minhas necessidades de desabafar algumas angústias que bradavam em meu peito havia tempo. Elas jamais tornarão a me trazer os aborrecimentos que em mim latejaram por alguns dias. A necessidade de escrever a respeito fora maior, apenas isso. Mal, não faço a ninguém. Xingar, de vez em quando é necessário. Encantar com poesias bonitas as lindas mulheres é mais que obrigação de minha parte.
Um belo dia, eu ofereci uma poesia a um amigo e ele fitou-me com olhar assassino.
- Tome esta poesia, meu grande amigo.
- De quem é, meu grande outro amigo?
- Minha, pois, meu grande-eterno amigo.
O meu grande amigo olhou e nada falou. Nem se era ruim ou péssima. Tudo bem. Senti uma coisa ruim e decidi que neste meio literário há tantas hipocrisias quanto pessoas para carregá-las dentro de suas frustrações. Aquele não falou, por motivo que não consegui entender. Esdrúxulo? Sim! Maquiavélico? Deus meu!
Um dia desses, estava eu descansando na Praça do Embu e, quando menos espero, estava ele atrás de mim. Medindo-me dos pés à cabeça. Se fosse uma cobra tinha me mordido.
Meus senhores, um imponente e bom colega meu, ignorou-me por três vezes. A primeira, pensei comigo, pelo fato de a luz estar brilhando bruxuleante em um cubículo de poucos metros quadrados. Tudo bem. Da segunda vez ele nem me olhou nos olhos, que estavam ansiosos pela aproximação dos seus, o que nos levaria a uma saudosa prosa. A derradeira vez deixou-me com o dedão de minha mão direita cumprimentando uma linda parede azul-clara.
Eruditos cavalheiros, se o motivo da insegurança é estético e intelectual, é necessário que eu lhes diga que são uns grandes tolos. Sinto-me na obrigação de lhes falar que sofro por não ser tão elegantemente atraente. Palavras das mais sinceras senhoritas. Todos sabem a honestidade que adentra tão verdadeira no coração das meninas. Mas os olhares que eram desferidos a mim e que começavam por meus pobres pés e terminavam em alguns fios perdidos de minha cabeça, causaram-me alguns pensamentos esdrúxulos. Se a insegurança dos senhores é por causa da minha espontaneidade, peço que me desculpem, mas não passam todos vós cavalheiros cultos, de uns palermas. Perdoem-me novamente os adjetivos.
Se a causa é porque encontram uma pessoa no absoluto presente, é só porque não se desligaram da pessoa do passado. Lamento muito.
Ofereço a todos vocês, meus verdadeiros amigos do peito, aqueles que me tomam por ser eu a pessoa que acham que sou, estas belíssimas escritas. Meu muito obrigado, pois todas as suas indiferenças, sempre serão bem vindas a mim. Entretanto, a clareza é mais que necessária!

Ed Carlos Bezerra.

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