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Artigos-->O que você diria? -- 01/02/2003 - 17:49 (Jorge Facury ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


E SE SEUS FILHOS PERGUNTAREM: “ ETs EXISTEM?’

Num mundo aonde a informação chega em tempo real; em que crianças e jovens têm acesso a tantos bancos de dados quanto os nossos avós sequer poderiam sonhar, algumas notícias continuam a ser tão desconcertantes quanto há 50 anos atrás. Um exemplo? Na noite de 06 de agosto do ano passado, uma terça-feira, aparelhos voadores desconhecidos emitindo uma estranha luminosidade azulada sobrevoaram com relativa tranqüilidade o prédio do Capitólio em Washington, EUA. A força aérea mobilizou caças para interceptá-los, sem sucesso, segundo informe que vazou do comando aeroespacial. A notícia foi veiculada no dia 08 de agosto no jornal O Estado de São Paulo e em jornais da internet.

Retrocedendo ao dia 22 de julho do mesmo ano, encontramos na pág. 09 do caderno “Folhateen” do jornal Folha de São Paulo a seguinte nota: “Ets devem ser descobertos nos próximos 25 anos”. A nota explica que o avanço tecnológico na área da exploração espacial aumentará as chances da descoberta de vida fora da terra. E exibe claramente a idéia de que essa possibilidade é aceita com naturalidade por certos setores do universo científico.

Convém-nos considerar que concepções acerca desses temas vicejarão nas mentes dos pequenos que acessam a net. Pais e professores devem estar preparados para ora ou outra responder algum questionamento nessa área. E aí? Que dirão? Fugir do tema ou relegá-lo a desimportância não será o caminho mais sensato se as informações estão aí para serem discutidas...

E que responsabilidade terão, dependendo da resposta que escolherem? A começar do fato de que deverão dividir a discussão em dois campos de abordagem: a Exologia, que estuda a possibilidade de vida extraterrestre e a Ufologia, que se concentra no estudo das aparições dos objetos voadores como aqueles que sobrevoaram Washington.

E que nos levam a pensar que podem ter uma origem obscura ainda não explorada pela humanidade (a hipótese extraterrestre) ou como querem alguns, que sejam talvez engenhos de uma tecnologia secreta, concebidos em algum país. Neste caso, resta pensar, que gênios seriam malucos a ponto de desafiar o controle do espaço aéreo norte americano bem no coração do império...







Diante disso, cremos demonstrada a razão do título que encima o nosso texto. Chamamos a atenção à evidência de que reside aí uma pergunta que certamente já integra o baú de indagações das crianças que vislumbram ora aqui, ora ali informações que pululam na mídia em decorrência ou de fatos recentes ou do ressuscitar de polêmicas da casuística Ufológica...Caso Roswel, Varginha, outros.

Preocupante é, que não há registros atuais de como pais e educadores se articulam para oferecer respostas a isso. A negação como associação desses fatos com o imaginário marcaram a sociedade ordenando informações dessa natureza com desprezo, ao passo que estigmatizaria o pensante e o indagador para a condição do ridículo...o louco, o visionário...O afeito a balelas.

Ao longo da História, a sociedade de massa tinha quase que como endógeno, tanto nas crianças como adultas apenas as sensações como medo, dúvida. O que imprimia silêncio ou discussões que se calorosas apresentavam total inconsistência. Esta seqüela instalou-se pela prática da política de desinformação por parte de poderes controladores do saber, que com certa razão temiam a desorganização do pensar popular para um volume incontrolavel, não sujeito a hegemonia historicamente construída. Seria um desafio à Igreja, às Forças armadas, aos estadistas, com relação a essa questão...Desarranjos econômicos também poderiam se instalar.

Ocorre que a sociedade contemporânea, pela redefinição de aspectos da democracia, pelo maior acesso à compra da cultura, pela velocidade da economia, das relações de produção, da informação virtual, pelo volume das fontes de informação, assume neste instante um perfil reconfigurado...O controle hegemônico se exerce pela poluição de produtos e pelo aprofundamento da idéia de consumo e da constante necessidade de emprego, de estar apto a ele, para se poder consumir... O cidadão “livre” quer comprar. A manutenção de saberes, de culturas perenes que concorrem para a filosofia e religiosidade já não são controlados pelos antigos poderes instituídos que citamos, mas se descentralizam, comprados e negociados nas esquinas, face a sua diversidade.

Mas, se o saber ou sua corrupção existem, ainda que de forma desordenada, a Educação e o Ensino formal lida por sua vez, ainda que se adequando ao mundo de velocidade, com a verdade como ética e princípio. Considere-se ainda que o processo Ensino-aprendizagem não mais se sustenta pela relação unilateral professor-aluno... O que ensina e o que aprende. O aluno não é simplesmente sujeito cognoscente, mas ativo, participativo. Assim o Ensino considera amplamente as problematizações elencadas por circunstâncias vividas pelos educandos. Respostas de professores e de pais, portanto, não podem caracterizar-se como evasivas, omissas. Muito menos conclusas se carentes da solidez de argumentação.

Considerando-se que “discretamente” informações e registros fomentam curiosidade para uma geração que surge mais rápida, com menos sujeição ao estigma do ridículo das nossas gerações, como você responderia aos seus alunos, aos filhos, quanto à “discos voadores” e extraterrestres?...

Se sentir medo do ridículo, dizer não, será mais que omisso...Será anacrônico já que cientistas se lançam à busca otimista dessa existência como bem demonstra o projeto AURORA (Europeu) que competirá com o projeto SETI (Norte –americano) na busca por sinais de vida alienígena. Anunciado em Frascati na Itália, no ano passado. O empreendimento, se promissor precisará contar com recursos de até 130 milhões de dólares...É difícil entender que soma tão significativa seja investida para a busca de algo em que não se crê, ou que não importe para a humanidade...

Outrossim, é assertivo dizer que nunca em outros tempos informações dessa natureza teriam na mídia, tanta transparência...Estamos em tempos de abertura para discussões que devem ser indubitavelmente ofertadas para uma maior consciência, em contraponto ao silêncio insensato e de estigmas estúpidos calcados de geração em geração pelo senso comum e pela omissão não justificada das instituições que educam.

Se a resposta de um professor for sim, irá confrontar-se com o livro didático que diz: “A Terra é o único planeta conhecido, capaz de abrigar vida em condições excepcionais”. Poderá ser eventualmente cobrado pelo filho ou aluno a despeito dessa informação...Se insistir em dizer não, colidirá com um ‘quantum’ de informações a cargo da mídia que citam extraterrestres em mais de uma situação, com destaque especial para o caso Varginha, largamente martelado pela imprensa. Sem contar que estará sustentando uma negativa que em nada se afina com os prognósticos do famoso e finado astrônomo ‘Carl Seagan’, um dos luminares do estudo do Universo, que estimava a vida inteligente em outros planetas como plena possibilidade matemática.

Eis os momentos da escola e de pais, articularem-se para ofertar como tema impresso nas disciplinas do currículo, materiais de análise que se contraponham e permita as crianças e jovens a formação de opinião a respeito desse enfoque cada vez mais presente em nossas vidas... Medo e omissão só se justificam pelo desconhecimento...A discussão é salutar, armar-se-ia de vasto material, como revistas especializadas no tema e também de argumentações que as neguem...Certamente que de curioso e estimulante, pela aceitação e negação em confronto, seriamos contributivos para um cidadão crítico, em superação do “fosso” nefasto e vazio que antes se instalou em torno de tão eminente e polêmico tema.

Jorge Facury e Michel Facury





























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