- Eu não suporto a revista VEJA.
- Por que?
- Ah... ela é parcial, cara. É de direita.
- Verdade. Mas qual o problema?
- Como assim, qual o problema? Já disse, ela é parcial, e pode influenciar
os outros.
- E qual o problema nisso?
- Não pode defender um lado só da moeda assim.
- Uma revista não tem o direito de ter o perfil que ela quiser?
- Mas influencia os outros.
- Compra a revista quem quer, não é? Ela é paga.
- Sim, mas...
- Não estamos numa democracia? Cada um escreve o que quer. Você compra se
quiser. Ninguém é obrigado a ler ou a concordar com o que está escrito.
- Mas tem pessoas sem visão crítica, que lêem o que está escrito e
concordam...
- Algum problema nisso?
- Bom...
- Estudo numa faculdade pública e tenho um professor socialista. Toda aula,
ele tenta converter os alunos, tenta doutriná-los para serem de esquerda. 1
hora e meia de discurso de um esquerdista radical. Para pessoas sem visão
crítica. Mais da metade da turma já é dele.
- Pó, legal xD
- Dois pesos e duas medidas. Enquanto você critica uma revista PAGA por ser
parcial e atingir pessoas sem visão crítica, apóia um professor de faculdade
PÚBLICA, que também fala para pessoas sem visão crítica. Ambos são parciais.
Com um diferencial: os alunos não podem fugir do que o professor fala. Você
pode não comprar a revista, tem essa opção.
- Mas o professor está certo...
- No seu entender. Enfim, onde eu quero chegar é: não vejo nenhum problema
algum no fato de uma revista ser parcial. Compra a revista quem quer. Só
continua comprando quem quiser, também. Se quiser criticar a revista,
critique; mas não usando esse argumento.
- Ah, cara, você não entende nada. VEJA SUX. Vou ler CARTA CAPITAL.
Obs.: Os esquerdistas em geral (e os petistas em particular) adoram revistas e jornais como os que existem em Cuba - seu modelo de nação -, onde os jornalistas só têm o direito de bajular o ditador. Quem faz críticas a Fidel está sujeito de ser encarcerado numa "leoneira", que é uma gaiola minúscula de ferro, colocada no telhado do presídio durante alguns dias, para que o torturado passe frio à noite e asse no sol durante o dia (F.M.).
