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Artigos-->O EQUIVOCO DE RUI (2) -- 06/05/2001 - 09:02 (Mauro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESTA CRÔNICA ESTAVA COM O TEXTO TROCADO. DESCULPE.

· O equívoco de Rui



"De tanto ver prosperar o poder na mão dos maus " . A frase sugere que o poder pode chegar as mãos dos bons. Ledo engano. Ninguém alcança o poder na política ou fora dela por meios puros e normais. Ninguém jamais será poderoso sem que use do ardil; Sem que tome de alguém alguma coisa por meios convencionais e honestos, sem enganar, ludibriar, prometer o que não poderá cumprir. A esse grupo poderíamos chamar de poderosos básicos, ligeiramente honestos. Existem outros que chegam ao poder com o básico, mais a violência , junto com o roubo e a extorsão. A esses chamamos de poderosos desonestos. O terceiro grupo é que reúne os dois primeiros grupos coesos e mais a criminalidade de escala, canalhismo e falcatruas generalizadas. A esses nós chamamos o grupo de políticos.

No primeiro grupo encontramos o poder do dinheiro, a Economia tratada como ciência e defendida por todos aqueles que comem regularmente, moram bem, compram saúde e educação, chegando até a desenvolver teorias para o bem dos excluídos. Porém procuram sempre uma maneira de que a prática jamais seja exeqüível. Nesse grupo encontramos o poder da classe média abastada, ligeiramente intelectualizada, vinculada ao poder de formas diversas e comprometida com pequenos deslizes, tais como, sonegação, pequenos cartéis, tráfico de influencia, puxa-saquismo, pequenos golpes etc.

No segundo grupo, poderíamos chamar de ricos poderosos, que nada mais é do que a evolução natural do primeiro grupo, associado com crimes de primeira grandeza e começando a financiar a contra- partida dos políticos . Enquanto no primeiro grupo, o poder dependia em parte dos políticos, no segundo, os políticos dependem em parte deles.

No terceiro grupo, os políticos, o ciclo da maldade perfeita chega ao auge. Nesse grupo encontram-se reunidas a impunidade com a corrupção, a mentira com a legalidade, a extorsão com a proteção, ou seja a dinastia perfeita do crime.

Analisemos agora duas palavras usadas pelos três grupos: Economia e Política

A economia é a ciência que estuda os meios de proporcionar o desenvolvimento e o bem estar de um povo ou uma nação. A definição é perfeita, bonita, mas, totalmente enganosa. Na verdade a economia é arte de diminuir a riqueza dos outros, ou seja quem tem menos perde mais e quem tem mais ganha mais. Exemplificando: Os países mais ricos emprestam dinheiro para os mais pobres para que eles desenvolvam a economia de maneira que os ricos possam comprar mais barato e ainda receber o capital mais os juros. Assim o pais pobre vende o que precisa e importa o que sobra dos outros. Tudo que exportamos é pelo preço de mercado dos ricos. Bem baratinho. Tudo que importamos também é pelo preço de mercado dos ricos. Bem salgadinho. E é justo, por que a nossa moeda é fraquinha e a deles é forte. E assim que a economia funciona, sempre alguém tem que perder. O que equilibra a economia, é que uns perdem muito enquanto que outros ganham demais. Assim é a economia, quanto maior e mais globalizada, menos distribuída. Na verdade a economia entre países, é meio de enganar sem deixar ressentimentos.

Quando falamos em países estamos tratando do macro. Ocorre que nas sociedades dentro do pais o perfil econômico é o mesmo. Tanto no macro quanto no paroquial o poder é quem faz a diferença. No nosso caso em especial, o poder faz toda diferença e cria mais perdedores e menos ganhadores. -

A gora falemos de política: A política é rainha das artes de enganar. Promete a quem não tem, entrega a quem tem de sobra, toma de quem precisa e aplaude a quem mais rouba. Costumam dizer nas Constituições que o poder emana do povo e em nome dele será exercido. Bonito, muito bonito, mas o adágio foi mal colocado. O poder é comprado ao povo por pouco, exercido potencialmente por alguns, de maneira que muitos não tenham direito a nada.

Aí está o grande equívoco de Rui Barbosa, primeiro por que ele achava que o poder era político, admitindo a possibilidade de que poderiam existir bons políticos. Por fim o último equivoco, "o brasileiro chega a ter vergonha de ser honesto". Na verdade quem tem alguma coisa em sentido inverso são os políticos, donos do poder, alérgicos crônicos a honestidade, distribuem o direito e a liberdade de se falar pouco, ouvir muito, em troca do direito sagrado de assaltarem impunemente os cofres públicos, sempre de acordo com a lei.. Não devemos nunca acusá-los de viver na "lama", porque assim estaremos comprometendo a dignidade dos porcos.

Mauro de Oliveira

11/06/99

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