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Artigos-->Barbantinho -- 04/02/2003 - 08:54 (J. Eduardo P. Pontes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Técnicas de Preparação de Planadores de Alto Rendimento



Capítulo XV - Instrumentos Básicos



( Revista " Luft und Puff" - Akademishe Gruppe Cheiseberg )





A pesquisa continuada no campo da aerodinâmica de baixa velocidade em combinação com o desenvolvimento de materiais compostos de alta resistência e baixo peso, bem como técnicas sofisticadas de construção e acabamento tem permitido projetos de aeronaves leves que exploram ao máximo o envelope a que se propõem . Essas condições são cada vez mais evidentes nos planadores modernos com suas formas caracterizadas pelo grande alongamento das asas, superfícies extremamente limpas do ponto de vista aerodinâmico e vários acessórios sistematicamente aplicados para minimização de arrasto e correções de laminarização de fluxo, tais como fitas de selagem de fendas, turbuladores, "winglets" entre outros.



Como a forma determina a função ou a função determina a forma, como queiram, a técnica de pilotagem destas aeronaves tem evoluído acompanhando características introduzidas nos projetos dos comandos e balanceamento onde, através de diferenciais adequados e leve instabilidade longitudinal se oferece agilidade nos dois eixos e tempos de rolagem extremamente rápidos com um mínimo de arrasto pela exposição das superfícies de comando ao fluxo de ar, características essenciais para o vôo em térmicas.



No entanto qualquer solução tem seu compromisso e, dados o grande alongamento e altas cargas alares, para se encontrar a melhor combinação de velocidade e inclinação no vôo térmico em curvas, o cruzamento de comandos é necessário em graus variáveis de planador a planador resultando sempre que o melhor rendimento é conseguido com uma atitude ligeiramente "glissada" nesta fase do vôo. A maior evidência desta característica é a posição do fio de lã na capota , o qual fica invariavelmente posicionado para o lado de fora da curva quando se encontra a atitude de vôo ideal.



Tal fenômeno pode introduzir problemas de desorientação espacial em vôos longos pelo descontrole do sistema vago-simpático causado pelo esforço em se administrar o dilema de se manter o fio de lã centrado ou não.



Com vistas a enfrentar este desafio alguns estudos tem sido realizados tomando-se o fato de que o fio de lã também é um corpo aerodinâmico de forma cilíndrica e com grande alongamento. Há muito tempo se conhece o fato de que, se o fio de lã for muito curto tende a oscilar com grande amplitude e , se muito longo tende a apresentar "flutter" na extremidade livre.



Experiências práticas foram conduzidas em túneis aerodinâmicos com fios de lã alterados da forma cilíndrica para a forma semi-cilíndrica, ou seja um lado plano e o lado oposto curvo.



Tendo-se posicionado o fio de lã com a sua face plana na vertical , após extensivos testes verificou-se que o mesmo se desloca para o lado da face curva afastando-se da linha de orientação do fluxo de ar dominante. As dimensões ideais encontradas são: diâmetro do semicírculo 3 mm e comprimento de 12,5 cm aplicado em superfície de dupla curvatura com raio de 3 metros no sentido longitudinal e 30 cm no sentido frontal com angulo horizontal variável entre 15 e 30 graus; representativa da seção dianteira das cabinas de uma grande gama de planadores. Esta configuração permite se observar que em velocidades variando entre 80 e 120 km/h o fio de lã se desloca para o lado curvo entre 10 e 20 graus da linha central .



A técnica para se conseguir o fio de lã com a forma necessária é simples, basta se aplicar uma seção de fio de lã com 3 mm de diâmetro levemente esticada sobre uma chapa aquecida, aguardar 2 a 3 minutos, escolher o setor mais uniforme e cortar-se um pedaço de 14,5 cm já que 2 cm ficarão embaixo do tape colado a cabina.



O protótipo foi aplicado a um planador Cirrus 18 m preparado para curvas para a esquerda, ou seja com o lado curvo do fio de lã voltado para o lado esquerdo . O Cirrus é caracterizado pôr exigir razoável grau de comandos cruzados ou, no mínimo, um pouco de pedal para fora da curva, contudo a média dos ensaios demonstrou que em velocidades entre 80 e 85 km/h, inclinação entre 35 e 40 graus e carga alar de 42 kg/m2 o fio de lã se mantém absolutamente centrado.



Os ensaios em vôo continuam com o propósito de se resolver os problemas da solução de compromisso já que em curvas para a direita o fio de lã fica excessivamente voltado para dentro da curva e em vôo reto ficou muito difícil se manter o fio de lã no centro.



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