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Artigos-->Um vôo interessante -- 04/02/2003 - 17:36 (J. Eduardo P. Pontes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um vôo interessante





Sábado de Carnaval, com os planos para o feriado um tanto frustrados, pois não havia conseguido ir para Varginha, acabei ficando em Bauru para ver se o tempo daria para alguma coisa. Na Sexta-feira à noite havia chovido muito e o dia amanhecera com céu azul e um pouco de vento frio e úmido prometendo um dia de muitas nuvens com grandes possibilidades de chuvas pelo meio da tarde conforme a previsão. Estávamos entre duas frentes, uma saindo para NE e outra chegando de SE.



Logo cedo comecei a preparar o Nimbão imaginando que daria para se voar para NW no "caminho da roça" e fazer um "pinga-pinga" na região sem maiores compromissos. Com a chegada da turma convidei o José Luiz para o passeio mas este foi sumariamente deposto pelo Improta que afinal nunca havia voado no Nimbus e, portanto, exigiu e obteve os seus direitos reprimidos porém inalienáveis.



Após uma rápida troca de idéias decidimos marcar uma ida e volta para Birigui, 354 km, um pouco puxado mas um bom desafio para o dia. Planador na pista, tudo engrenado, decolamos às 13:00 horas desligando baixo a 400 metros e logo chegando na base que estava a 900 metros com a térmica integrando pouco mais que 1,0 m/s. O Improta pilotava comentando algumas diferenças entre o Nimbus e o Puchacz conforme vistos do assento de trás.



Mais uma e outra "ciscada", sem perder mais tempo, demos a saída às 13:16 horas e fomos tocando devagar para rodar a primeira térmica a 18 km fora com 600 metros contando com que o tempo secasse um pouco mais reciclando e melhorando. Assim continuamos pôr mais umas quatro térmicas e, já no través de Cafelândia, 85 km fora, avistamos ao Norte uma grande formação de CBs em uma linha paralela à nossa rota, se estendendo para o Oeste e avançando para o Sul, já quase encobrindo Lins.



Quando chegamos no través de Lins a linha estava muito bem definida com a base bem escura e aquele fundão preto contra o qual se destacava um cordão de nuvens brancas pôr cima do rotor criado pela cunha além de alguns raios para não deixar dúvidas.



Neste momento cabia alguma decisão e resolvemos trocar a teoria de McCready pela teoria de Jacques, ou seja: " Já que estamos aqui vamos dar uma olhada de perto....". Viramos de cara para a linha e logo estávamos rodando na ponta da ascendente, que integrou 2,5 m/s, lisa, calma e fresquinha, nos levando até na base a 1100 metros. Daí nos encaixamos sobre a cunha e fomos tocando com velocidade sempre acima de 200 km/h com cuidado para não "guardar" e de olho no Sul, onde havia sol e era a nossa saída de emergência, continuando assim pôr mais de 50 km, até Glicério, 20 km antes de Birigui.



Nossa cabeça já estava feita e, em ritmo de prova, desde a entrada na linha a média de velocidade tinha sido de 160 km/h, fomos até o objetivo que era a pista sobre a qual giramos bem em cima de um Nhapecan que acabava de pousar, e tocamos de volta para a coisa.



Sem rodar fomos subindo suavemente e engatamos novamente com a ascendente, fazendo um desvio de 45 graus da rota para manter a melhor posição sem entrar na chuva, continuando até avistar Marília que estava no sol. Aos poucos fomos retomando a proa correta contornado a linha que, já estava um pouco deteriorada e irregular em alguns pontos nos obrigando a tomar um pouco de turbulência e chuva que também já caia à nossa direita para o Sul.



Um pouco mais e estávamos sobre Garça no ponto mais alto do vôo, 1200 metros, e, deixando a linha para trás, passamos por um ou dois Cumulus "normais" sem rodar entrando no planeio final para Bauru. Em pouco tempo estávamos com uma reserva de 200 metros para um anel de 1,5 m/s e fizemos uma chegada muito bem comportada às 16:14 horas.



A média final do vôo foi de apenas 119 km/h, nada impressionante exceto pelo fato de que andamos mais de 250 km somente "dolfinando" na frente dos CBs sem rodar nada.



Acho que o Improtinha gostou do vôo pois me deu de presente uma linda maquete de Nimbus 3, herança do Neblina. Aliás, o Neblina certamente teria dito: " Pooom, paga cerfeecha......."

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