O Capítulo das aberrações sexuais é iniciado com a discussão da “pulsão sexual”, que popularmente sua natureza é definida e caracterizada. Estaria ausente na infância e só apareceria na maturação da puberdade, sendo exteriorizada nas manifestações de atração irresistível que um sexo exerce sobre o outro e seu objetivo seria a união sexual.
Freud discorda dessa constatação e afirma a existência de dois termos: “Chamemos de objeto sexual a pessoa de quem provém a atração sexual, e de alvo sexual a ação para a qual a pulsão impele”. Assim sendo, a observação científica mostrará um grande número de desvios em ambos, o objeto sexual e o alvo sexual.
Na concepção da inversão levanta-se a tendência de ter caráter adquirido. “Nem a hipótese de que a inversão é inata, nem a conjectura alternativa de que adquirida explicam sua natureza. “Cabe perguntar se as múltiplas influências ocidentais bastariam para explicar a aquisição da inversão, sem necessidade de que algo no indivíduo fosse ao encontro delas”.