Usina de Letras
Usina de Letras
90 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62241 )

Cartas ( 21334)

Contos (13265)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10368)

Erótico (13570)

Frases (50639)

Humor (20031)

Infantil (5436)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140810)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6194)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->A praça era nossa -- 08/12/2006 - 12:25 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A praça era nossa

Fernando Zocca

Há alguns anos uns cidadãos mais antigos, nas tardes melancólicas dos finais de semana, da cidade bucólica, reuniam-se na praça principal para os costumeiros encontros informais.
Os velhos senhores respeitáveis, contribuintes da paz, sempre comentavam, dentre outros assuntos, as notícias publicadas pela manhã nos jornais.
De vez em quando alguém puxava, lá do fundo do baú, algumas lembranças de fatos semelhantes às ocorrências atuais.
O mormaço proporcionante da lassidão corpórea levava também aos longos silêncios rompidos por alguém que no ponto de táxi, para não dormir, logo insistia em aumentar o volume do rádio.
Naquele domingo, uma famosa canção do Roberto Carlos reacendeu num dos mais antigos a lembrança das ações praticadas por João Acácio Pereira da Costa, o bandido da luz vermelha. O assaltante também era fã do rei. Penteava-se e vestia-se igual a ele.
Outros, colaborando com a manutenção da prosa, informavam que foram vários os fenómenos componentes da mente psicótica do estuprador.
João Acácio, o bandido da luz vermelha, gostava de assistir os filmes de bangue-bangue, nos quais os bandidos para roubar bancos e diligências usavam lenços cobrindo os rostos.
A cor vermelha preferida por João tinha ligação com o diabo e suas maldades. Carl Chesmann (é assim que se escreve?) o verdadeiro bandido da luz vermelha que cometeu seus crimes nos Estados Unidos, teria sido um dos inspiradores do criminoso brasileiro.
O delinquente americano foi preso e condenado à morte. Durante a longa espera da execução, conseguiu estudar Direito por correspondência e interpor então inúmeros recursos contra a sentença.
Sem sucesso na demanda legal, escreveu ele um livro publicado nos Estados Unidos e traduzido para o português. A intenção era a de divulgar sua inocência e conseguir a comutação da pena pelo presidente norte-americano. Porém no dia e hora certos foi eletrocutado numa cadeira elétrica.
Tudo isso para dizer que a praça José Bonifácio, no centro de Piracicaba já não é mais aquela.
A atual administração fez passar ruas asfaltadas entre as floreiras e bancos; agora transitam carros, caminhões, bicicletas, motos, charretes e carroças no espaço antes destinados ao lazer das pessoas idosas, gestantes e crianças.
O governo municipal não tem outra forma de marcar sua passagem pelo poder do que a de mexer piorando o que já está bem feito. Impedido de progredir pela falta de imaginação, o partido faz a cidade retroceder.
Existem semelhanças entre os bandidos que assaltam e matam a mão armada e os bandidos de colarinho branco: eles todos cometem seus crimes contra vítimas incautas e desavisadas. Alguns meliantes valem-se dos meios semelhantes aos legais para subtrair do poder público o dinheiro que usam para pagar a luxúria própria.
Bandidos violentos geralmente acabam mal. Infratores organizados em quadrilha podem, às vezes, se reeleger.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui