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Cronicas-->Os dois velhinhos -- 14/12/2006 - 16:22 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os dois velhinhos

Flávio Oscar Maurer

Dois velhinhos famosos estão a beira da morte no continente americano. Ambos chefiaram uma revolução que trouxe modificações profundas às sociedades de cada um dos países aos quais pertencem. Ambos foram chefes de estado e ambos
exerceram o poder com mão de ferro, não dando oportunidade aos seus opositores.

Um deles chegou ao poder por meio de um golpe militar e lá permaneceu por cerca de 17 anos, findos os quais restituiu o comando da nação a sociedade civil para que o país prosseguisse na sua trajetória conforme a vontade do povo, obedecendo a tradição democrática do Chile.
Nos seus 17 anos de ditadura foi duro com seus adversários. Não cedeu espaço à oposição. Combateu com violência os grupos guerrilheiros e terroristas que se instalaram em seu país na tentativa de derrubá-lo para dar continuidade
ao socialismo real, inspirado nos regimes comunistas do leste europeu, cujo modelo vinha sendo implantado de forma acelerada pelo governo anterior.

Houve cerca de 3.800 baixas entre os militantes de esquerda que ele combateu sem tréguas e algo em volta de 2.000 integrantes das forças de repressão. O governo daquele período é hoje acusado de prática de torturas e desrespeito aos direitos humanos.

Por outro lado, porém, o ditador promoveu uma revolução na economia transformando o Chile num dos mais ricos, prósperos e desenvolvidos países
da América Latina. Esse país ocupa hoje lugar na primeira fila entre aqueles com os mais altos indicadores sociais. Possui a maior renda per cápita da região, há emprego em abundància e amplas possibilidades de mobilidade social da qual se beneficia toda a população, cujas condições de vida crescem ininterruptamente ano a ano. Tudo num regime democrático que se
renova a cada eleição.

O outro velhinho assumiu o poder em seu país através de uma revolução marxista apeando uma oligarquia que instituíra uma corrupção
institucionalizada, se apossando do Estado por mais de 30 anos. O novo governo foi saudado pelo mundo como esperança de novos dias para
aquele povo. Realmente, ele honrou as expectativas, trouxe grandes mudanças.
Surpreendentes para o mundo. Primeiro, no melhor estilo do centralismo democrático comunista, garantiu para si próprio o título de "comandante da revolução nacional", nada mais que um artifício para se auto-promulgar ditador vitalício e, assim, garantir a sua própria perpetuação no poder, sob a argumento de assegurar êxito e continuidade ao regime marxista que instituiu no seu país.

A economia nas mãos do Estado estagnou, trouxe pobreza para todos, numa igualdade nivelada por baixo. Na realidade, o país só não quebrou ainda
porque vive até hoje da ajuda externa: exilados que prosperaram no exterior e mandam dinheiro e países cujos governantes simpatizam com o marxismo. É uma nação que literalmente vive de esmolas. Em suma, sua economia interna é
um descalabro, foi capaz de criar uma sociedade onde todo o mundo é pobre.

Com o cerceamento das liberdades individuais e as perseguições políticas, os julgamentos sumários, o paredão, tudo sob a alegação de que esta era a vontade do povo, calcula-se que mais de 40.000 pessoas foram vítimas neste país por crime de opinião política. Em contrapartida afirma-se que lá há saúde, moradia e escola para todos. Tudo muito pobre, mas afirmam que tem.
O velhinho que governa este país está há quase 50 anos no poder e mesmo muito doente, apenas delegou parte das suas atribuições ao seu irmão, no melhor estilo das monarquias da idade média.
Lendo os dois relatos acima, qualquer um tira conclusões óbvias.

Pode estar certo, caro leitor, suas conclusões estão absolutamente erradas a saber pela imagem que esses dois velhinhos desfrutam no mundo, obra do patrulhamento ideológico, da ação incisiva da mídia e do trabalho exaustivo
dos formadores de opinião comprometidos com o marxismo, particularmente na América Latina.

O primeiro deles é mostrado como um carrasco sanguinário que só trouxe infelicidade e tristeza ao seu povo que sofre até hoje por isso, enquanto que o segundo é mostrado como o grande comandante da liberdade e da justiça,
paladino da redenção de seu povo.

Meu amigo, entenda o mundo e não deixe se levar pela propaganda política calcada na farsa marxista que cria e destrói mitos, tudo em proveito de modelos cuja práxis não conseguiu êxito em nenhum lugar onde foi experimentado, mas continua sendo apresentado como panacéia dos males do mundo.



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