«Borba tens dois pergaminhos Que mostram tua valia És a rainha dos vinhos E és a mãe da poesia» José Miranda BORBA (décimas)
I
Uma cidade pequena
Mas que sabe receber,
Onde apetece viver
Duma maneira serena
Em que tudo vale a pena.
Se queres beber bons vinhos,
Não te percas em caminhos,
Vem saciar teu desejo
Em terras do Alentejo:
Borba tens dois pergaminhos,
II
Muito te devem honrar:
À poesia dás vida,
Aos sedentos dás bebida.
Todos querem cá voltar
E as almas alegrar.
Ninguém cá nos arrelia,
Tem música a poesia,
O vinho nos fortalece,
De tal modo nos aquece,
Que mostram tua valia.
III
Que bela gastronomia!
Difícil é escolher
O petisco p’ra comer…
Que bem se passa o dia
No meio de tanta alegria.
Não esquecer os docinhos
(Há tantos, tão gostosinhos).
E tudo com um bom tinto,
É verdade – que eu não minto –
És a rainha dos vinhos!
IV
Seja branco ou seja tinto,
Minha entrega é total,
Sabe bem e não faz mal.
Basta alargar o cinto
Pró bem-estar que aqui sinto.
Borba: quero mais um dia,
Em tão boa companhia.
P’ra ti, faço estes versos,
Pois tens encantos diversos
E és a mãe da poesia!
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