Homenagem*
Homenagem (*)
Banquete, luxo e tantos artifícios
O poeta sublimou como pudera.
Indeléveis, os versos à Megera.
Nos livros raros, simples frontispícios.
Por algum tempo, interno em vis hospícios,
Não pôde conviver com a primavera.
Desatinado e frio, compusera
Enaltecendo pseudosbenefícios.
Agora, condenado eternamente,
Vive além, com certeza, protestante,
Sonho que não viveu mais reluzente.
E, no Engenho de Dentro, bem distante,
Perduram emoções na alma da gente
Que não se esquece nunca do galante.
(*) À emória do poeta B. Lopes, Bernardino da Costa Lopes (1859-1916).
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