"Nós,professores de Ensino Médio, somos obrigados a conviver com todo tipo de jovem e adolescente dentro de uma sala de aula, haja vista que a criação que os pais lhes dão anda a desejar, e muito.
Rapazinhos e mocinhas metidos a besta é o que mais encontramos. Não querem nada com os estudos, e só perturbam as aulas, atrapalhando quem está ali para aprender. São jovens agressivos, sem um mínimo de educação, mocinhas histéricas, frenéticas, que esperneiam dentro da sala, que gritam, que gargalham; são rapazinhos que soltam palavrões em alto e bom som, sem se preocuparem com quem está por perto, que chutam uns aos outros, que perseguem professores do início ao fim das aulas com frases agressivas, com apelidos, pondo-lhes defeitos.
O que será dessa geração de rebeldes sem causa? Que futuro lhes espera? Que tipo de profissionais serão? Que espécie de políticos se nos apresentarão? Está na hora de pais e autoridades competentes da educação pararem para pensar e trabalharem juntos.
Nós, professores,por nossa vez, o que pedimos é um mínimo de respeito, pelo menos, e condições de trabalho, de dar nossas aulas."
Esse é o desabafo de muitos professores, diante dos problemas enfrentados no dia-a-dia. Precisamos, diante de tal situação, compreender que: 1) a adolescência é uma idade complexa; 2) muitas famílias estão desajustadas, e muitos pais deixam para a escola a educação completa dos filhos; 3) as aulas de muitos professores caíram na rotina, sem criatividade, e os adolescentes não conseguem ficar cinqüenta minutos sentados ouvindo alguém falar, principalmente ensinando o que eles geralmente não querem aprender.
Diante de tudo isso, urge repensar a educação, buscar novas metas de ensino, inovar, criar, estudar novos métodos de lidar com os adolescentes, que não o do autoritarismo, ainda muito usado por aí.
E que Deus nos abençoe a todos. |